Politica

Solução caseira, com chapa puro-sangue, é a hipótese mais comentada dentro da campanha de Serra

Sérgio Guerra lidera apostas

postado em 23/06/2010 08:25
Tudo caminha para uma solução caseira na escolha do vice do candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra. O nome mais cotado é o do senador Sérgio Guerra (PE), presidente nacional do partido. Enquanto Guerra é evasivo ; nem pleiteia nem recusa, já que passa de condutor do processo a ser a sua solução ; o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), também sondado, tem sido enfático em recusar.

O cearense quer concorrer à reeleição e trabalhar em sua base eleitoral, particularmente agora que rompeu politicamente com o governador Cid Gomes (PSB), com quem, em princípio, Jereissatti negociou um apoio branco, desde que o deputado federal José Pimentel (PT) não fosse lançado ao Senado. O que torna Tasso um vice desejado é o seu peso político no Ceará, que poderia contrabalançar a força do governador Cid Gomes em sua campanha.

Tendo de administrar a pressão aliada ; o PTB chegou a sugerir o ex-deputado Benito Gama (PTB-BA) e até o PSC indicou o senador Mão Santa (PI) para a vaga ; Serra tem reiterado que anunciará a chapa até o fim do mês, usando o prazo limite estabelecido pela Justiça Eleitoral para fazer a indicação. O candidato tucano tem dito que também está curioso para saber quem será o vice e que as especulações não o estressam.

Silêncio
Tentando se contrapor às declarações do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), que já defendeu um vice discreto, como forma de descartar Tasso Jereissati, Serra reiterou, nos últimos dias, que, diferentemente de FHC, o perfil de seu vice não precisa falar pouco. Tendo sido o recado dirigido a Tasso Jereissatti ou não, no PSDB, a solução parece convergir para Sérgio Guerra. O pernambucano tem bom trânsito, representa a Região Nordeste, em que o tucanato precisa tirar a vantagem petista, e não é homem de criar problemas.

Enquanto as negociações se alongam e caminham para a indicação de um vice tucano, o problema é, cada vez mais, administrar a reação do Democratas. Ontem, o deputado federal Ronaldo Caiado (GO-DEM) lançou uma enquete no Twitter: ;Para vocês, quem seria o nome ideal do Dem para ser o vice de @joseserra? Sugestões não faltaram. José Carlos Aleluia (BA), José Agripino (RN), Kátia Abreu (TO), Valéria Vic (PA) e mesmo um ;nome forte no Centro-Oeste, pois quem ganha em Minas, ganha no Brasil;.

Outro tuitteiro sugeriu: ;O ideal seria o Aécio;. Um seguidor de Caiado considerou que nem ele nem Demostenes Torres aumentarão as chances de Serra ganhar a eleição : ;O vice ideal seria o senhor (Caiado) ou Demostenes. Pena que Serra tenha poucas chances;.

O número
30 de junho
Prazo final indicado por Serra para anunciar o vice


Em Minas, falta o ;ok;

Juliana Cipriani, Ivan Iunes e Vinícius Sassine

A chapa dos sonhos de PMDB e PT em Minas Gerais caminha para a oficialização na semana que vem. Os dois partidos farão convenção conjunta no estado, na quarta-feira. A candidata petista à Presidência, Dilma Rousseff, vai a Belo Horizonte selar a coligação que terá, ao que tudo indica, o candidato ao governo, senador Hélio Costa (PMDB), e o ex-ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias (PT). Os três tiveram uma última reunião para acertar os detalhes da união ontem, em Brasília, mas preferiram sair sem falar com a imprensa.

A chapa ainda não foi anunciada em função dos últimos ajustes, pedidos por Patrus. O petista quer a integração da campanha da presidenciável Dilma Rousseff com a de Minas Gerais. Pretende, ainda, ter a garantia de Costa de implementação de marcas do PT, como o orçamento participativo. Patrus segue hoje para o norte de Minas, para ter pessoalmente a bênção da mãe, Maria Tereza Patrus Ananias, de 84 anos. No domingo, durante o encontro estadual do partido, o ex-ministro disse que suas chances de compor a chapa estavam em 90%. Faltava apenas a bênção da mãe, sem a qual não toma nenhuma decisão importante.

O ex-ministro, que disputou com o ex-prefeito Fernando Pimentel a vaga de candidato ao governo de Minas, é visto como peça-chave para unir a legenda e os partidos aliados ao presidente Lula no estado. A presença do ex-prefeito de Belo Horizonte ajudaria a fechar as feridas abertas pelo apoio petista a Costa, em detrimento da pré-candidatura de Fernando Pimentel.

O presidente do PT no estado, deputado federal Reginaldo Lopes, dá como certa a participação de Patrus na chapa e diz que o próximo passo é discutir a campanha e a proposta de governo compartilhada. Os dois partidos estão criando um organograma com 15 coordenações de diversas áreas, como logística, comunicação e mobilização.


O número
90%
Chance, segundo Patrus (PT), de compor a chapa com Hélio Costa (PMDB) ao governo de Minas

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