postado em 23/06/2010 12:07
Brasília - O senador Efraim Moraes (DEM-PB) se recusou a fazer qualquer comentário da investigação conduzida pela Polícia Legislativa do Senado sobre a contratação de funcionários "fantasmas" por seu gabinete pessoal. Ele disse que só comentará o caso, na segunda-feira (28), após a conclusão do inquérito.Se for comprovada sua participação nas contratações, o inquérito terá que ser remetido ao Supremo Tribunal Federal (STF). ;Não tem nada contra mim, então vou falar o quê?;, disse o parlamentar. Duas pessoas contratadas para trabalhar no gabinete do senador afirmaram, em depoimento à Polícia Legislativa, que não tinham conhecimento das contratações e jamais receberam salários do Senado Federal.
O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP) considerou ;impossível; ser constatado qualquer crime contra Efraim Moraes. ;Não quero fazer prejulgamento, acho ate que é impossível que isso possa ocorrer com um senador, mas a competência para julgar crimes tem que ser encaminhada ao Supremo Tribunal Federal;.
Sarney disse ainda que o inquérito terá que ser analisado pelo corregedor da Casa, Romeu Tuma (PTB-SP). Tuma ainda vai ouvir o senador do DEM sobre o assunto. O presidente do Senado destacou que só poderá tomar uma decisão sobre o caso após o depoimento do democrata na corregedoria.
;Encaminhado [o inquérito] à corregedoria, não temos nada que aprovar, temos que encaminhar. A decisão é do Supremo. A Polícia mandou inquérito ao corregedor porque ele tem competência para examinar as provas;, completou Sarney.