Estado de Minas
postado em 29/06/2010 13:02
A insistência dos deputados federais em se coligar com os tucanos tem razão matemática. Pelos cálculos dos parlamentares, se unindo a eles a bancada manteria as sete cadeiras na eleição. Já se unindo ao PMDB e ao PCdoB, como quer a direção estadual, eles temem perder três deputados. Do lado de Clésio, as especulações são de que o dirigente teria prometida uma vaga de primeiro suplente do petista Fernando Pimentel (PT), candidato a senador na coligação de Hélio Costa.Se vingar essa hipótese, Clésio poderia ser duas vezes suplente, já que também é o primeiro substituto do senador Eliseu Resende (DEM) ; situação que não encontra impedimento explícito na legislação eleitoral.
Como Pimentel é considerado nome certo no primeiro escalão do governo federal em caso de vitória da presidenciável Dilma Rousseff (PT), a vaga de suplente desperta enorme interesse entre os aliados, principalmente depois que o ex-ministro Patrus Ananias aceitou a vaga de vice do pré-candidato ao Palácio da Liberdade senador Hélio Costa (PMDB). Em Brasília, especula-se que Pimentel vir a ser ministro do Planejamento ou assumir a presidência do Banco Central.
Do lado do PT, embora o partido já tenha definido no encontro estadual que o suplente de Pimentel deve contemplar um nome do partido, petistas já admitem um recuo em troca do apoio do PR, que detém um minuto e meio de espaço na propaganda eleitoral gratuita na TV e no rádio. ;Além de deixar de ganhar, a gente vai perder porque o tempo do PR vai para a candidatura adversária. Como existe esse pleito do partido, tanto que o Clésio já pediu a vaga para o Fernando (Pimentel), bastaria apenas a direção nacional encaminhar uma outra resolução dizendo que a vaga pode ser preenchida por aliados;, declarou ontem o presidente do PT estadual, deputado federal Reginaldo Lopes.
Nos últimos dias, a coligação PMDB-PT já perdeu o apoio do PSB, PRB e do PDT, que já definiram que vão apoiar a candidatura à reeleição do governador Antonio Augusto Anastasia (PSDB). Hoje, entre os petistas, o mais cotado para abocanhar a vaga de suplente é o deputado federal Virgílio Guimarães, amigo de Pimentel. Aliado de Patrus, o ex-prefeito de Betim Jésus Lima corre por fora. Os dois já sinalizaram que querem a vaga, ao contrário do ex-ministro Nilmário Miranda, que foi sondado mas já avisou que não topa porque vai disputar vaga de deputado federal.
Segundo Virgílio, a negociação será concluída somente na quarta-feira, na convenção estadual. Ele disse que as conversas estão avançadas e que o único empecilho é o pleito dos aliados de exigir coligação também na chapa proporcional (de deputado federal e estadual). ;É importante que os aliados definam com clareza quais são as suas prioridades. Do meu lado, estou solidário com o partido, seja qual for a decisão tomada;, disse o petista.