O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu no começo da tarde desta quinta-feira (1;/6) reanalisar a decisao da última terça-feira que proibiu que candidatos a presidência da República participem de propagandas partidárias de aliados nos estados caso haja, na aliança, outro partido concorrente ao Planalto. A decisão do tribunal de rever o caso não significa necessariamente que o entedimento sobre a questão será modificado e apenas dá indícios de que poderá atender ao anseio dos partidos.
A decisão de rever a questão foi tomada pelo presidente do TSE, Ricardo Lewandowski, durante a análise de uma nova consulta sobre propaganda eleitoral. Antes mesmo dos ministros analisarem essa nova consulta, Lewandowski pediu vista antecipada do processo.
"Levando-se em consideração que a propaganda eleitoral gratuita começa só em 17 de agosto, acho que o adiamento dessa discussão é uma oportunidade de fazermos uma segunda reflexão sobre essa matéria em agosto." disse o ministro.
Hoje o TSE realizou a última sessão antes do recesso do judiciário de julho. Os trabalhos serão retomados no dia 2 agosto. O presidente do TSE considera que o entedimento que pode embaralhar as coligações nos estados é extremamente complexo. "Então, aguardaremos para responder oportunamente no retorno dos trabalhos", afirmou o ministro.
A decisão tomada pelo TSE pode confundir ainda mais os partidos e coligações pois o prazo final para o registro de candidaturas é 5 de julho. Já as convenções partidárias foram encerrdas ontem.
Saiba mais
A resposta dada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), na última terça, a uma consulta apresentada pelo PPS embolou todo o jogo de alianças dos partidos nos estados e colocou em risco o fôlego político dos principais candidatos aos governos dos maiores colégios eleitorais do país. Os concorrentes em São Paulo, Aloizio Mercandante (PT) e Geraldo Alckmin (PSDB); em Minas Gerais, Antonio Anastasia (PSDB); no Rio de Janeiro, Fernando Gabeira (PV); na Bahia, Jaques Wagner (PT); e no Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT) e Yeda Crusius (PSDB), não poderão utilizar as figuras dos presidenciáveis no horário eleitoral gratuito para alavancar suas empreitadas. Os petistas sequer poderão se valer da imagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, considerado o principal cabo eleitoral do pleito.