Politica

Ministério Público tenta barrar candidaturas fichas sujas no Pará

postado em 12/07/2010 19:28
O Ministério Público Eleitoral do Pará entrou com pedido de impugnação de dez candidaturas no Tribunal Regional Eleitoral do Pará neste fim de semana. Contra os políticos, pesam acusações como contas rejeitadas pelos tribunais ou renúncia a mandatos para evitar cassação.

Os deputados federais Jader Barbalho (PMDB-PA) e Paulo Rocha (PT-PA), que concorrem a uma vaga no Senado, estão na lista do ministério.

Jader Barbalho se registrou como candidato a senador pelo PMDB paraense, mas segundo a Lei da Ficha Limpa, não pode concorrer porque renunciou ao mandato no Senado Federal em 2001 para ser não ser cassado. Na época, o Conselho de Ética já havia dado parecer favorável à abertura do processo contra o então presidente da Casa por quebra de decoro parlamentar.

Paulo Rocha também não poderia concorrer porque também renunciou para escapar de cassação. O então deputado federal deixou o cargo em 2005 depois que a Mesa da Câmara dos Deputados ofereceu representação contra ele por envolvimento em suposto esquema de pagamento de propina envolvendo o PT.

Sete dos dez políticos são citados no pedido do Ministério Público por problemas em contas enquanto eram gestores públicos. São eles: Delvani Balbino dos Santos, candidato a deputado estadual pelo PMDB; Emerson Ferreira Monsef, candidato a deputado federal pelo PMDB; Everaldo França Nunes; candidato a deputado estadual pela coligação Juntos com o Povo (PPS/DEM/PSDC/PRTB/PMN/PRP/PSDB); Genivaldo Ribeiro Araújo, candidato a deputado estadual pela coligação Juntos com o Povo; Neuton Paulino de Souza, candidato a deputado estadual pelo PRB; José Fernandes de Barros, candidato a deputado federal pela coligação Cresce Pará (PRB/PDT/PSB/PV/PCdoB) e José Roberto da Costa Martins, candidato a deputado estadual pelo PCdoB.

O candidato Luiz Afonso de Proença Sefer, que postula a uma vaga de deputado estadual pela coligação Acelera Pará renunciou par evitar cassação. Sefer renunciou depois que a presidência da Assembleia Legislativa do estado recebeu denúncia que atribuía falta de decoro parlamentar ao então deputado estadual.

A Justiça Eleitoral do Pará recebeu cerca de 750 pedidos de candidatura e o Ministério Público tem que analisar os pedidos até amanhã (13), prazo final para manifestação contra os registros em todo o país. Além do Ministério Público, também podem entrar com o pedido de impugnação os partidos, as coligações e os candidatos.

Os eleitores também podem tentar barrar candidaturas dos ficha-suja. A Justiça Eleitoral tem até o dia 19 de agosto para estar com todos os pedidos e possíveis recursos julgados.

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