Politica

Comitê novo e ideias repaginadas no PT

Campanha de Dilma inaugura QG e discute estratégia para angariar o apoio de mais prefeitos

postado em 13/07/2010 07:05
Os coordenadores de campanha do PT à Presidência da República trabalha para elaborar uma agenda de encontros da candidata Dilma Rousseff com prefeitos das regiões que ela visitar. A ideia é tornar a petista afinada com os interesses dos administradores municipais. São dois os resultados esperados: a mobilização de um exército de cabos eleitorais e a capitalização de seu potencial multiplicador de votos.

Fazer Dilma reunir-se com os prefeitos atende também a demanda dos partidos aliados que disputam quem consegue juntar mais correligionários em torno da candidata petista. Essa proposta foi discutida ontem em reunião do conselho político ; colegiado que reúne lideranças dos partidos aliados ; com o presidente do PT, José Eduardo Dutra.

;Os encontros com os prefeitos são importantes para ver quais são as demandas de cada um;, disse o deputado Mário Negromonte (PP-BA) depois da reunião que ocorreu na comitê central da campanha de Dilma, um dia antes de o espaço ser inaugurado.

O escritório da petista, que funciona em três pavimentos em um edifício no Setor Comercial Sul a um custo mensal de R$ 40 mil, será aberto oficialmente hoje em um comício com a participação de Dilma, do candidato a vice, Michel Temer (PMDB-SP), e o candidato a governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz. Emissários do presidente Luiz Inácio Lula da Silva estiveram ontem no local para fazer uma varredura e analisar a viabilidade de sua participação, mas não houve definição.

O comitê tem uma área de 1.400m; e concentrará profissionais da comunicação, da mobilização e da logística, além de um escritório para Dilma, Temer e o deputado Antonio Palocci, um dos coordenadores da campanha. O escritório do Lago Sul continuará servindo apenas para encontros políticos. Além disso, o comitê financeiro da campanha ficará em São Paulo, com o escritório do tesoureiro José Filippi Júnior.

Estados
Nesse começo de campanha, Dilma despachará pouco do comitê e se dedicará às agendas no três estados do Sul, além de São Paulo, Minas e Rio de Janeiro. Trazer os prefeitos dessas regiões para a campanha faz parte do esforço de reduzir a vantagem que o candidato do PSDB, José Serra, tem nas pesquisas de intenção de votos nesses estados, nos quais o grau de desconhecimento de Dilma e sua rejeição são menores do que as do tucano.

Em Santa Catarina e em São Paulo há também um percalço que inspira cuidados. Nesses dois e em outros 13 estados, Dilma terá o apoio de dois candidatos ao governo. Na reunião de ontem, definiu-se que não será rejeitada nenhuma aliança regional, mas haverá uma harmonização para evitar constrangimentos. Dutra disse que será acertado antes de comícios que determinado candidato não fará ataques ao adversário local, mas aliado nacional. ;Depois que a Dilma sair do palanque, ele pode até atacar.;

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