postado em 16/07/2010 10:02
A disputa eleitoral transformou Mato Grosso em um caldeirão, afirmam candidatos, assessores e militantes partidários. A campanha começa a esquentar os motores e já surgem rumores que serão divulgados dossiês contra os principais candidatos na corrida pelo Palácio Paiaguás. Ninguém arrisca apontar favoritos no estado. O atual governador, Silval Barbosa (PMDB), disputa voto a voto com o empresário Mauro Mendes (PSB) e o ex-prefeito de Cuiabá Wilson Santos (PSDB).Mesmo sem o PT como cabeça de chapa no estado, a presidenciável da legenda, Dilma Rousseff, terá o privilégio de ter dois palanques fortes ; de Barbosa e de Mendes ; perante os 2 milhões de eleitores de Mato Grosso. ;É uma condição de apoio que a Dilma conceda o mesmo tratamento aos candidatos com palanque duplo nos estados. Aqui ela tem dois palanques competitivos;, afirma o deputado federal Valtenir Pereira, presidente do PSB no estado. Já o candidato à Presidência pelo PSDB, José Serra, contará com o apoio de Wilson Santos, também considerado forte na disputa.
Mas o fiel da balança na corrida eleitoral deverá ser o ex-governador Blairo Maggi (PR). Ele concorrerá ao Senado e deixou o governo nas mãos de seu vice, Silval Barbosa, a quem declara apoio. Mas a amizade com Mauro Mendes deixa Maggi em uma situação curiosa: enquanto pede votos a Silval, amigos do ex-governador trabalham na campanha de Mendes.
Crise
Em Mato Grosso, Maggi é protagonista nas eleições majoritárias mesmo que involuntariamente.
E foi o pivô da crise no PT, que sofreu com brigas(1) internas. O partido sangrou durante as convenções por causa da disputa entre a senadora Serys Slhessarenko e o deputado federal Carlos Abicalil para decidir qual dos dois parlamentares petistas seria o companheiro de Maggi na chapa para o Senado. Abicalil, que também é o presidente do partido no estado, conseguiu emplacar candidatura, provocando a ira de Serys.
1 - Protesto
O PT se esforçou para convencer a senadora Serys Slhessarenko a lançar candidatura de deputada federal, quando a intenção dela era seguir no Senado. Em protesto, Serys não registrou candidatura até hoje. A petista, no entanto, repensou a estratégia e, para não ficar sem mandato em 2011, deve aproveitar a janela prevista no calendário eleitoral e se candidatar no lugar de algum correligionário desistente. ;Querem que eu entre no lugar de alguém que renunciar. Há cinco meses que ele (Abicalil) não fala nem bom-dia comigo. Chutou minha canela e puxou meu tapete. Se eu for candidata, não vou no palanque com ele, não;, protestou Serys, acrescentando que só abriria exceção em caso de eventos com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de Dilma Rousseff.