Politica

Zé Maria (PSTU) critica o Bolsa Família e diz que programa é "ajuda imoral"

O candidato disse ainda que o Bolsa Família cria um %u201Ccurral eleitoral%u201D entre os seus beneficiados

postado em 20/07/2010 21:09
O candidato à Presidência pelo PSTU, Zé Maria, afirmou nesta terça-feira (20/7) que a prioridade de seu plano de governo é assegurar o acesso a serviços básicos à população. Para isso, defende a suspensão do pagamento da dívida externa e o investimento desse dinheiro em saúde, educação, habitação e geração de emprego.

;Não vou pagar a dívida externa, para investir em saúde, educação e moradia popular;, afirmou, após participar de sabatina promovida pelo portal R7, em São Paulo.

Metalúrgico e um dos fundadores da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Zé Maria disse a jornalistas que pretende instituir no Brasil um governo socialista. Propôs a estatização das empresas para o aumento do emprego no país e também mudanças em políticas de distribuição de renda para que a população se torne menos ;dependente;.

Segundo o candidato, o Programa Bolsa Família, criado em 2004 pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, é uma ;ajuda imoral; aos pobres e precisa ser extinta. Zé Maria, inclusive, disse que, caso seja eleito, pretende acabar com o programa nos quatro anos de seu mandato.

;Precisamos investir na geração de emprego. Claro que o Bolsa Família é uma ajuda emergencial necessária. Mas se usarmos os recursos que temos de uma outra forma, é perfeitamente possível acabarmos com essa necessidade em quatro anos;.

Zé Maria disse ainda que o Bolsa Família cria um ;curral eleitoral; entre os seus beneficiados. Dessa forma, prejudica ainda mais o processo de escolha do próximo presidente da República, que já não é totalmente democrático na opinião do candidato.

Esse processo, segundo ele, já está ;maculado;. O candidato disse que não é justo que alguns candidatos utilizem-se de R$ 200 milhões para financiar sua campanha, enquanto outros usam R$ 300 mil. Também não é aceitável que um candidato tenha direito a dez minutos do horário eleitoral gratuito e outros menos de um minuto.

;Tempos iguais, financiamentos iguais;, disse ele, que terá 55 segundos dos 30 minutos do horário eleitoral obrigatório exibido em emissoras de rádio e televisão. ;Não é correto que o eleitor vote sem nem mesmo conhecer os candidatos;.

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