postado em 26/07/2010 08:34
O modelo brasileiro de arrecadação para campanhas eleitorais é alvo de críticas dos mais diferentes setores da sociedade, mas, apesar dos discursos contrários às doações feitas por empresas que depois vêm a vencer licitações públicas, a regra segue inalterada. Sequer foi alvo de discussões mais amplas no Congresso. A expectativa agora recai sobre a proposta de convocação para 2011 de uma Constituinte para debater uma reforma eleitoral.Os últimos presidentes da República, incluindo Luiz Inácio Lula da Silva, não se empenharam para que a reforma fosse debatida pelo Legislativo. Nesta campanha, porém, os três principais candidatos ao Palácio do Planalto falam abertamente da necessidade de uma reforma eleitoral. Marina Silva (PV) é a que defende com mais empenho uma mudança no modelo de doação para campanhas. Uma de suas bandeiras é o financiamento público. Segundo ela, essa é a solução para que deixem de existir suspeitas em torno das relações entre poder público e empresas.
A presidenciável Dilma Rousseff (PT) já afirmou em entrevistas que apoia uma ampla reforma política, com a adoção do financiamento das eleições com recursos públicos. José Serra (PSDB) não tem falado sobre o assunto, mas o presidente de seu partido, o senador Sérgio Guerra (PE), destaca que a sigla é amplamente favorável ao financiamento público, para baratear as eleições e tornar a fiscalização mais efetiva. Veja como funciona o atual modelo de financiamento privado das campanhas:
O número
13.884
Total de candidaturas registradas a deputado estadual em todo o país