Politica

No ABC, Marina faz defesa do PT

Durante entrevista a rádio no reduto que lançou Lula ao mundo político, candidata do PV à Presidência exalta honestidade dos petistas

Daniela Almeida
postado em 29/07/2010 08:55
São Paulo ; A candidata Marina Silva (PV) saiu em defesa de seu ex-partido, o PT, ontem, em entrevista à rádio ABC, em São Paulo. Berço sindical do presidente Lula, o ABC fica na região metropolitana da capital paulista e foi o lugar onde o petista deu início a sua carreira política. Marina minimizou o episódio do mensalão, em que o PT teria pago espécie de mesada a parlamentares para conseguir a aprovação de matérias no Congresso. Ela lembrou que ficou 30 anos no PT e disse que acredita ter ;muita gente boa; na legenda.

;É uma injustiça quando tentam julgar todo o PT. E isso não estou dizendo só aqui, tenho dito que aqueles que erraram devem ser investigados e punidos. Mas foi uma minoria nessa história de mensalão. A maioria é composta de pessoas honestas e corretas que, como eu, sofreram naquele episódio;, disse a senadora licenciada.

Ao responder sobre a tentativa de polarização nas eleições entre o candidato tucano José Serra e a petista Dilma Rousseff, Marina aproveitou para fazer mais um afago ao presidente, que goza de alta popularidade no ABC, e tecer críticas aos adversários. ;Lula e o Brasil não precisam nem do opositor que tenta desqualificar tudo e nem do continuador, que em nome dos ganhos não consegue enxergar os erros. Ele precisa de um sucessor.;

A candidata verde afirmou ainda que, caso chegue à Presidência, deseja construir uma coalizão suprapartidária. ;Se eleita, quero governar com outra forma de política. Quero governar com os melhores do PT, do PSDB e do PMDB;, disse. ;Não teria problema em fazer composição com os melhores do PT e do PSDB.;

Constituinte
Marina voltou a propor uma constituinte exclusiva, com a possibilidade de candidaturas avulsas, para votar as reformas política, tributária e previdenciária. A inspiração seria o processo de aprovação pelo qual passou a lei popular Ficha Limpa. ;Quero construir uma base de apoio, uma espécie de constituinte exclusiva para as reformas, em que se elejam deputados e senadores para fazer as reformas. Algo parecido com o Ficha Limpa;, disse em referência à matéria que contou com o apoio de organizações e populares e que barra a candidatura de pessoas condenadas em segunda instância pela Justiça.

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