postado em 30/07/2010 17:00
Natal ; Os acordos de transferência de tecnologia que implicam receber o conhecimento pronto foram criticados nesta sexta-feira (30) pela candidata do Partido Verde (PV) à Presidência da República, Marina Silva. Segundo a candidata, nesse tipo de acordo os cientistas e profissionais brasileiros não recebem qualquer informação sobre o processo de construção da tecnologia.;O professor tem que aprender, como acontece nos Estados Unidos e na China;, afirmou, em entrevista após encontro com participantes da 62; Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que termina hoje na capital potiguar.
Perguntada sobre qual é sua proposta para a área de ciência e tecnologia, Marina Silva destacou a educação, com a proposta de melhorar o sistema das universidades federais e a capacitação dos professores para incentivarem a iniciação científica dentro da sala de aula. Para a candidata, a ;ciência é a melhor companhia; para o enfrentamento dos futuros desafios do Brasil, entre eles, desenvolvimento com a preservação do meio ambiente.
A candidata do PV comentou os avanços na área científica e tecnológica durante o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, citando o aumento de recursos, que atualmente chegam a 1,3% do Produto Interno Bruto (PIB) ; a soma de todas as riquezas produzidas no país, mas destacou que muita coisa ainda precisa ser feita.
Para Marina, na área de ciência e tecnologia o Brasil tem ainda um grande caminho a percorrer. ;Em uma trajetória de 3 mil quilômetros, você anda mil, mas sabe que tem dois mil quilômetros pela frente;, disse.
Marina Silva foi a segunda presidenciável a debater com a comunidade científica, num encontro organizado pela SBPC. A primeira foi a candidata do PT, Dilma Rousseff, que esteve na reunião na última quarta-feira (28). O candidato do PSDB, José Serra, também foi convidado, mas não compareceu por causa da agenda de compromissos.