Politica

Segundo o PT, Dilma cancelou evento matutino para valorizar inauguração de comitê aliado

postado em 31/07/2010 08:19
A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, cancelou encontro que teria ontem com prefeitos e lideranças políticas em Porto Alegre e aproveitou o dia na capital gaúcha para se dedicar à família, dando um descanso na campanha presidencial. O núcleo petista afirmou que a decisão foi tomada na noite de quinta-feira para não prejudicar o encontro com lideranças na inauguração do comitê suprapartidário de apoio a Dilma, a ser agendado para os próximos dias. Esse comitê irá reunir prefeitos e políticos que apoiam não só a candidatura de Tarso Genro (PT), mas também de José Fogaça (PMDB), rivais na corrida pelo governo gaúcho. O PT nacional tenta absorver apoiadores dos dois concorrentes em prol de Dilma. A única filha da petista, Paula, está grávida. É a segunda vez que ela visita oficialmente Porto Alegre, cidade em que surgiu para a política e onde vive há mais de 30 anos, apesar de ter nascido em Minas Gerais. O encontro com prefeitos gaúchos seria o segundo compromisso de Dilma na cidade. Na noite de quinta, ela participou de comício ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de Tarso Genro. "Optou-se em fazer a inauguração do comitê a fazer esse café da manhã (de ontem) porque assim reuniremos o pessoal que apoia o Fogaça também", disse o presidente do PT, José Eduardo Dutra. Dilma tem se dedicado a encontros com prefeitos e lideranças políticas nos estados em que visita para aumentar a visibilidade de sua campanha. Essas reuniões servem para mobilizar os militantes e transformar os administradores municipais em multiplicadores de votos. A campanha tem dedicado atenção especial ao Rio Grande do Sul por ser o quinto maior colégio eleitoral do país e onde seu principal adversário, José Serra (PSDB), desponta em vantagem nas pesquisas de intenção de votos. Um temor "patético" O cancelamento da agenda com parlamentares permitiu a Dilma um tempo para conceder entrevistas a duas rádios do Rio Grande do Sul. Nas conversas, a candidata petista ao Planalto criticou declarações de José Serra, seu principal rival na corrida eleitoral, sobre um pretenso "loteamento" de cargos em órgãos estatais e sobre um suposto aumento de invasões do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) caso ela seja eleita. Para Dilma, há uma tentativa "patética" de transformar a eleição numa discussão sobre medo. "Em 2002, criaram aqui no Brasil um clima de que, se o Lula fosse eleito, seria o caos. A partir daí, a gente viu o dólar indo para R$ 4, a gente viu a inflação subindo", disse. "O povo não caiu nessa quando a situação era só de esperança. Hoje, quando a situação é de esperança combinada com realizações concretas, ele não cairá mesmo", afirmou. Questionada sobre o fato de o tucano ter relacionado um eventual governo dela com um aumento de ações do MST, a ex-ministra disse que responderia "com todas as realizações que fizemos" e afirmou que o governo "construiu a paz no campo".

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