postado em 10/08/2010 21:18
A candidata ao Palácio do Planalto do Partido Verde, Marina Silva, reiterou a intenção, durante entrevista ao Jornal Nacional na noite desta terça-feira (10/8), o que se tornou um dos lemas de sua campanha: de ser a primeira mulher de origem humilde a presidir o Brasil. Marina se mostrou segura ao responder às perguntas feitas pelos apresentadores, mesmo nas que foi encostada contra a parede.Sem coligações
Quando questionada sobre falta de alianças na campanha à Presidência, Marina disse que acha a situação dela mais fácil do que a dos adversários Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB). "Para mim é mais fácil assim. Os dois já estão tão comprometidos com as alianças que fizeram e só podem repetir mais do mesmo. E existe muita gente boa em todos os partidos. Quem foi que disse que, para governar, só se pode precisa usar o quadro do seu partido? Já consegui aprovar projetos no Senado com o apoio de todos parlamentares", respondeu.
PT e meio ambiente
A candidata do PV respondeu ainda sobre sua saída do Partido dos Trabalhadores e sobre a corrupção no PT durante o mensalão. Marina condenou os envolvidos, mas defendeu os petistas ao dizer que nem todos praticaram a corrupção. Tentou provar com números que sua gestão aprovou mais licenças ambientais que a passada (265 contra 145 por ano), contestando a pergunta da apresentadora sobre críticas à lentidão na aprovação dos processos durante sua gestão no Ministério do Meio ambiente.
A ex-ministra ainda lembrou que precisou reestruturar a pasta antes de poder começar a atender a demanda por licenças. "Tivemos que criar as diretorias, coordenadorias e ainda fazer concursos para começar a trabalhar", explica. No encerramento de seus 12 minutos de entrevista ao vivo, Marina voltou a falar de suas raízes. Ela afirmou que acredita na democracia do país, que pode tornar possível o fato de uma pessoa que nasceu na floresta amazônica e ter sido analfabeta até os 16 anos, passando por várias doenças, chegar a governar o Brasil.
Dilma Rousseff, do PT foi ouvida na segunda-feira e José Serra, do PSDB, será entrevistado na quarta-feira. A ordem das entrevistas foi definida em sorteio e todos tiveram 12 minutos para responder questões dos apresentadores William Bonner e Fátima Bernardes.