Politica

Atraso não tira ânimo de militantes em comício de Lula, Dilma e Hélio

Estado de Minas, Thiago Ventura
postado em 10/08/2010 21:24
Concentração de militantes na Praça da Estação, no Centro de BH

O primeiro grande comício da coligação "Todos Juntos por Minas" em Belo Horizonte mobilizou militantes, contratados, filiados, além de curiosos nesta noite desta terça-feira, na Praça da Estação, no Centro de Belo Horizonte. Centenas de pessoas lotaram o espaço, enquanto aguardavam a chegada do presidente Lula, da candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, e do candidato ao governo de Minas Hélio Costa (PMDB).

Programado para começar às 19h, o evento começou atrasado. Grande destaque da noite, Lula cumpriu agenda oficial em Divinópolis, no Centro-Oeste, onde inaugurou dois prédios da Universidade Federal de São João del Rey (UFSJ).

"Vim aqui só porque estou ganhando dinheiro mesmo. Estou desempregada e sempre participo das campanhas", contou Michele Elen dos Santos logo após descer de um ônibus que trazia militantes do bairro Bom Jesus, na capital.

Já Gladston Reis, da Associação Metropolitana de Estudantes Secundaristas, aproveitou para tentar vender o jornal "A Verdade", gritando palavras de ordem com um megafone. "É necessário que o jovem defenda suas ideias. Há uma despolitização excessiva da população", disse.

Enquanto muitos tentavam chegar ao comício, outros queriam voltar para a casa. O consultor comercial Phillippe Bertoldo, por exemplo, aguardava lotação para chegar ao bairro São Benedito, em Santa Luzia, na Grande BH, onde mora. "Isso sintetiza a política. Virou um grande circo. Por que ao invés de mover toda essa gente e falar apenas palavras para inflamar o povo, os partidos não gastam dinheiro para divulgar suas propostas?", questionou.

A organização montou no palco uma "feira de candidatos", com material de campanha. Para acompanhar o comício, os militantes tiveram que enfrentar uma longa fila. Todos eram revistados e passavam por um detector de metal. Três bonecos de Olinda com as imagens de Hélio Costa, Patrus e Dilma circulavam entre os militantes, que até paravam para tirar fotos com os candidatos.

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