Politica

Serra fala sobre seu vice, alianças e evita entrar em polêmicas

postado em 11/08/2010 21:14
Escolha do vice, alianças e a possibilidade de privatização das rodovias. Esses foram alguns dos temas abordados com o ex-governador de São Paulo, José serra (PSDB), no terceiro dia de entrevistas com os candidatos à Presidência da República no Jornal Nacional.

Entre uma pergunta e outra, Serra não perdeu a oportunidade de fazer críticas indiretas à canditada petista, Dilma Roussseff, quando disse que o próximo presidente vai ter que governar sozinho e não ir na garupa. Mostrou sua face centralizadora, apesar de dizer que não é centralizador. Questionado sobre a diferença entre sua experiência na vida política em comparação à de seu vice, o deputado federal Índio da Costa (DEM), o tucano ressaltou como grande trunfo, o fato de Índio ter sido relator da Lei da Ficha Limpa. "O Índio tem quatro eleições, é um homem de 40 anos. E o que vale também é a experiência na vida pública e sua atuação na Câmara Federal que foi marcada pela relatoria do Ficha Limpa. É um vice adequado", respondeu.

Serra foi questionado sobre sua posição de não criticar o presidente Lula e evitar comparações com governos passados. O tucano afirmou que o Brasil precisa olhar para frente e melhor o que já foi feito de bom, evitando mais uma vez críticas e comparações aos governos anteriores. Mas fez questão de pontuar problemas da administração de Lula, como a conservação das estradas.

Sobre a aliança do PSDB com o PTB, diretamente envolvido no mensalão do PT, atual aliado de Serra, o presidenciável lembrou que o partido trabalhava ao lado de seu partido em São Paulo e tentou desviar da polêmica. "Você sabe que os partidos são muito heterogêneos, as pessoas que estavam envolvidas no mensalão eram do PT e Roberto Jefferson que lidera o PTB conhece bem meu programa de governo e estilo de governar. Tem muita coisa errada e cada um é responsável por si. Eu não tenho compromisso nenhum com o erro dos outros", afirmou.

Sobre as rodovias, Serra criticou a situação das estradas brasileiras e admitiu a intenção de aumentar as concessões pelo Brasil. Uma das propostas do candidato é levar modelo de concessão de estradas estaduiais de São Paulo que, segundo ele, teve alto índice (75%) de aprovação em pesquisa da Confederação Nacional de Transportes. Sobre o preço cobrado aos usuários, serra respondeu que "existe a possibilidade de ter uma estrada boa e barata se você trabalhar direito."

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