Politica

Corregedor da Receita falará sobre vazamento de dados fiscais de dirigente tucano

postado em 27/08/2010 14:30
A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania vai ouvir o corregedor-geral da Receita Federal, Antonio Carlos Costa D;Ávila Carvalho, na próxima terça-feira (31), sobre o vazamento de dados fiscais do vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge Caldas Pereira. Com início às 10h, a audiência prevê ainda o depoimento de Demétrius Sampaio Felinto, ex-funcionário da Presidência que afirma possuir cópia de vídeos supostamente comprovando encontro de Dilma Roussef com a ex-secretária da Receita Lina Vieira. A candidata petista à Presidência, à época ministra-chefe do Gabinete Civil, nega a existência da reunião.
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O autor dos requerimentos sugerindo que os dois fossem convidados a falar aos integrantes da comissão foi o senador Álvaro Dias (PSDB-PR). O partido do senador já protocolou representação pedindo à Procuradoria Geral da União que investigue as revelações de Demétrius Felinto. Com relação ao vazamento de dados fiscais de Edaurdo Jorge, a Receita e a Polícia Federal divulgaram nota nesta quinta-feira (27) para informar que está tratando o caso como "prioridade institucional".

Alvaro Dias destacou no requerimento que a queda do sigilo fiscal de Eduardo Jorge resultou na edição de um dossiê pela equipe de comunicação do comitê de campanha da candidata Dilma Rousseff, do PT. Ele salientou ainda que, em sua vinda à CCJ, em julho, o secretário da Receita, Otacílio Cartaxo, informou que já existiam funcionários sob investigação, porém não informou seus nomes.

Mesmo assim, a analista tributária Antônia Aparecida Rodrigues dos Santos Neves Silva acabou sendo identificada como uma das suspeitas da violação dos dados, o que motivou convite para que também comparecesse à CCJ. Ela deveria prestar esclarecimentos em 11 de agosto, mas enviou justificação para deixar de comparecer. Como não foi possível ouvir a servidora, o senador disse no requerimento que propôs a vinda do corregedor diante da importância de se esclarecer ao Congresso, conforme assinalou, "as graves denúncias".

Ordens
O episódio em torno do encontro entre Lina Vieira e Dilma Rousseff voltou a ser lembrado a partir de entrevista de Demétrius Felinto à revista Veja, em julho. Hoje empregado da área de tecnologia do Senado, ele disse que manteve cópia das imagens do sistema interno de segurança após ordens do próprio Palácio do Planalto para que fossem apagadas. Para Alvaro, as revelações desmentem declarações feitas ao Senado pelo ministro do gabinete de Segurança Institucional, general Jorge Félix, de que a visita não teria ocorrido.

Segundo afirmações da própria Lina Vieira, o encontro que Dilma nega teria acontecido na segunda metade de 2008. Na audiência no gabinete de Dilma, a então ministra teria feito interferência para beneficiar aliados políticos do governo. Lina disse que foi solicitada a concluir "rapidamente" auditoria sobre empresas da família do presidente do Senado, José Sarney.

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