Diário de Pernambuco
postado em 27/08/2010 21:02
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva começou o discurso na Petroquímica de Suape (PE) explicando que ia ler um discurso técnico, para que não saísse nada errado na imprensa. Mas foi só o início. Depois de terminar de ler o que tinha em mãos, ele chamou uma representante dos trabalhadores para perto de si e começou a falar de política, sem poupar os adversários. Sem citar nomes, referiu-se ao senador Jarbas Vasconcelos (PMDB), que critica a lentidão das obras do governo federal no estado."Tem gente dizendo que não está acontecendo nada em Suape. Então seria importante olhar para vocês, porque somente aqueles que não querem enxergar falam uma coisa dessas", discursou, olhando olho nos olhos de Maria Alexsônia Nunes da Rocha, 28 anos. A moça chorou durante todo o discurso, de emoção. Cerca de meia hora antes, ela tinha entregue uma bobina para Lula, enquanto ele visitava a fábrica de poliéster.
Lula disse que sabia o valor do trabalho, ainda diante de uma menina emocionada, e voltou a dizer que o país precisava ser governado como uma "mãe" lida com seus filhos, com tratamento igualitários e zeloso. "Tinha governante nesse país que achava que devia governar apenas para um terço da população. Mas é preciso saber que, para governar esse país, não é só preciso cabeça, é preciso coração.
O petista ainda rebateu as críticas que lhe são feitas por conta do Programa Bolsa Família. "Uma vez fizeram críticas a mim por causa do Bolsa Família. Diziam que, por causa da bolsa, tinha muita gente largando o emprego para virar vagabundo. Ora, quem fala isso podia chegar num bom restaurante, tomar uísque e dar R$ 100 de gorjeta. Não sabem o que uma mãe pode fazer com uns R$ 70, 00 do Bolsa Família".