postado em 16/09/2010 17:15
A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, disse hoje (16) que o pedido de demissão apresentado pela ministra da Casa Civil, Erenice Guerra, ;foi a atitude mais correta;. Dilma afirmou que ;como o caso exige investigações, é sempre bom que a autoridade se afaste para garantir e assegurar que essa investigação transcorra da melhor forma possível;. A declarações da candidata foram concedidas em entrevista coletiva na Associação Comercial do Rio de Janeiro.O nome da ministra da Casa Civil foi envolvido em denúncias desde a semana passada, que associaram seu filho, Israel Guerra, a pagamentos de propina e comissões em intermediações de contratos da Empresa de Transporte Aéreo MTA com os Correios e em um pedido de financiamento para uma empresa de energia ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Dilma disse que o caso não tem relação com a sua campanha e nem com ela. ;Aonde está a prova de que eu esteja envolvida nesse caso? É importante, no Brasil, que a gente não perca a referência das conquistas da civilização de se provar que uma pessoa está envolvida, e não de ela provar que não está;.
A candidata disse que tomou conhecimento do caso pelos jornais. ;Se é verdade o que os jornais estão dizendo, ele exige uma rigorosa investigação;. Sobre o projeto envolvendo o nome de Israel Guerra e do BNDES, ela disse que, ;esse projeto de R$ 9 bilhões para 600 megawatts (MW) seria o projeto de energia mais caro do Brasil. Um projeto que teria 6% da energia gerada por Belo Monte e a metade do valor. Seria um dos mais caros projetos [do setor]. Se o BNDES recusou [o pedido de financiamento], fez muito bem;.
Dilma acrescentou não ter conhecimento de o BNDES ter contratado projeto sem garantia de contrato de venda de energia em leilão. ;A história me parece aquele caso de compra e venda de terreno na lua;, disse, após participar de almoço com empresários do setor de comércio e políticos fluminenses.