Politica

Assessor da Casa Civil, Gabriel Boavista Laender, pede exoneração

postado em 10/11/2010 09:10
Assessor da Casa Civil, Gabriel Boavista Laender pediu exoneração ontem. A portaria foi publicada no Diário Oficial da União. O advogado trabalhava na Secretaria Executiva da Presidência da República e é suspeito de envolvimento no esquema de tráfico de influência da ex-ministra Erenice Guerra. Denúncia da revista Veja aponta que Laender trabalhou para a empresa de telefonia Unicel, que teria sido favorecida pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para atuar no ramo de telefonia móvel. Em seguida, ele assumiu um cargo comissionado no Palácio do Planalto. Recebia R$ 6,8 mil por mês.

Gabriel trabalhava desde 2009 na Presidência da República. Ele teria sido indicado pelo marido de Erenice, José Roberto Campos, que representava a Unicel. Campos tentou intermediar um contrato entre a Unicel Telecomunicações do Brasil e o Ministério da Defesa para a implantação de serviços de celulares. No entanto, segundo o ministério, os negócios ;não prosperaram;.

Gabriel e Vinicius de Oliveira Castro, outro suspeito de participar do esquema de Erenice, já prestaram depoimentos na Polícia Federal. A PF tem até sexta-feira para finalizar as investigações. Entretanto, a expectativa é de que o órgão prorrogue por mais um mês o prazo das apurações. O motivo seria a demora para concluir a perícia em computadores usados por servidores suspeitos de envolvimento no esquema.

Vinicius de Castro pediu exoneração em setembro, logo depois de ter sido citado em reportagem como participante do suposto esquema que beneficiava empresas com contratos no governo. Outro funcionário da Casa Civil, Stevam Knezevic, também pediu demissão do cargo que ocupava. Ele era funcionário do Sistema de Proteção da Amazônia, subordinado à Casa Civil.

A pasta abriu uma sindicância interna. Entretanto, as apurações ainda não foram concluídas e estão prorrogadas até 18 de novembro.

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