postado em 17/11/2010 20:23
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou nesta quarta-feira (17/11) que o pequeno tomador de empréstimo ;é quem paga melhor suas dívidas;, porque ele precisa manter o patrimônio, que muitas vezes consiste apenas no nome, que ele deve preservar. São os mais pobres, portanto, os melhores pagadores e menos responsáveis pela inadimplência no sistema financeiro, disse Lula.Essa constatação, segundo ele, dá a ideia exata da importância de se criar condições para que cada vez mais brasileiros usufruam os benefícios que o estado moderno pode oferecer. Segundo ele, essa preocupação esteve sempre presente na sua administração, porque tem consciência de que ;pouco dinheiro na mão de muitos significa distribuição de renda;.
As afirmações foram feitas no 2; Fórum Banco Central de Inclusão Financeira, aberto nesta quarta-feira (17/11) no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília. Lula levou uma saraivada de números para mostrar o que foi feito em seu governo para criar condições financeiras para as populações de baixa renda, para as pequenas empresas e empreendedores.
Lula lembrou que de modo geral ;as pessoas perdem a dimensão de importância das coisas pequenas, principalmente quem lida com muito dinheiro e só se preocupa com milhões;. Não é o caso, porém, disse ele, de uma experiência bem sucedida de banco comunitário, nascida em Fortaleza, que promove inclusão bancária com pequenos depósitos e hoje está presente em 51 localidades desassistidas de nove estados.
O presidente destacou o grande impulso que o microcrédito teve em seu governo para abrir portas aos pequenos empreendedores. Citou também o ;crescimento extraordinário;, no seu entender, do aumento do crédito consignado em folha de pagamento, com juros bem mais baixos que os custos de mercado, bem como a inclusão de mais de 45 milhões de pessoas no sistema bancário, de 2003 para cá.
Tudo isso são formas de criar oportunidades para os mais necessitados e razão, em parte, da alta popularidade do governo, afirmou. Lula destacou que muito foi feito no governo pelos mais pobres, mas reconhece que ainda resta muito por fazer nesse aspecto, pois ;os avanços sociais acontecem mais, à medida que a sociedade avança, pede e exige mais;.