postado em 20/11/2010 13:11
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, classificou de estratégica a relação entre o Brasil e a França e disse que os dois países têm uma crescente sintonia sobre agendas emergentes no plano multilateral.Lula foi homenageado nessa sexta-feira (19/11) à noite pela Câmara de Comércio França-Brasil que lhe entregou o Prêmio Personalidade França-Brasil 2010, em solenidade nos jardins do Palácio Laranjeiras, no Rio de Janeiro.
;Falo de percepções convergentes sobre o necessário controle dos capitais especulativos, a reforma da ONU [Organização das Nações Unidas], para torná-la mais representativa, a parceria contra a fome e a miséria, bem como o inadiável equilíbrio entre o desenvolvimento e o meio ambiente;, citou Lula, em seu discurso de agradecimento.
O presidente frisou ainda que a relação bilateral foi reforçada nos últimos anos por meio de acordos de apoio mútuo e trocas de tecnologia. ;Nossa convergência de ponto de vista com a França consolidou-se em um acordo de parceria estratégica, lançado por ocasião de nossa visita a Paris, em julho de 2005, no governo do presidente [Jacques] Chirac, e concretizado com a adoção do plano de ação da parceria estratégica, firmado em dezembro de 2008, na visita do presidente [Nicolas] Sarkozy ao Brasil.;
Segundo Lula, a cooperação entre os dois países se estende desde o campo da defesa e da pesquisa espacial até a agricultura e a proteção aos biomas da Amazônia.
A fala de Lula foi precedida por um vídeo enviado por Sarkozy, em que o presidente francês também destacou a relação estratégica e de parceria privilegiada entre as duas nações e fez vários elogios ao colega brasileiro, a quem considerou como uma referência e chamou de amigo pessoal e querido. ;O mundo precisa da visão e da audácia de Lula;, disse Sarkozy.
Na platéia estavam diversos empresários brasileiros e franceses e a ministra da Economia da França, Christine Lagarde. Entre os ministros brasileiros, estiveram presentes José Gomes Temporão, da Saúde, Marcio Fortes, das Cidades, e Nelson Jobim, da Defesa.