Politica

Titular da Secretaria-Geral da Presidência descarta atuar com Dilmal

Patrícia Aranha
postado em 23/11/2010 09:15
O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Luiz Dulci, não vai continuar no governo. Foi lida na noite de ontem, na reunião da Executiva Estadual do PT, em Belo Horizonte, uma carta enviada por Dulci em que ele agradece a lembrança do nome dele por parte dos petistas mineiros, mas declina do convite.

O motivo, alegado por ele, é já ter cumprido a sua missão durante os oito anos de governo Lula (PT). Quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva descer a rampa do Planalto em 1; de janeiro, o mineiro, que foi autor da maior parte dos seus discursos, irá com ele.

Assim, a comissão da Executiva Estadual do PT, que se reuniu ontem com o presidente nacional do partido, José Eduardo Dutra, para entregar os nomes dos mineiros que os líderes reivindicam no primeiro escalão do governo, não incluirá o de Dulci na lista.

Dirigente nacional do Partido dos Trabalhadores desde a fundação da legenda, Dulci foi um dos coordenadores da campanha eleitoral do presidente Lula em 2002. Integrante da coordenação do governo, ele é o responsável pela interlocução política com as organizações e movimentos da sociedade civil brasileira e internacional.

Enquadrados

O PT de Minas decidiu enquadrar os filiados que aderiram ao movimento Dilmasia ; pedido de voto para Dilma Rousseff (PT) e Antonio Anastasia (PSDB) ; durante a campanha eleitoral. Em reunião ontem, em Belo Horizonte, a Executiva pediu a convocação de quatro prefeitos para dar explicações sobre manifestações pró-Anastasia, quando deveriam apoiar o então candidato aliado, o senador Hélio Costa (PMDB). Outros oito prefeitos estiveram na corda bamba, mas foram perdoados pelo partido. Já o prefeito de Mutum, Gentil Simões, terá pedido de expulsão da sigla encaminhado ao diretório estadual.

Segundo o presidente do PT de Minas, deputado federal Reginaldo Lopes, os 13 casos de infidelidade partidária foram analisados nas últimas semanas. Os prefeitos de Central de Minas, no Vale do Rio Doce, Gilmar Dornelas de Souza (PT); Andradas, no Sul de Minas, Ademir Perez (PT); Itaipé, no Vale do Mucuri, Gilmar Teixeira Nery (PT); e Itinga, no Vale do Jequitinhonha, Charles de Azevedo Ferraz (PT), serão encostados na parede pela comissão de ética.

Conforto ao neto

Luciana Bezerra
Especial para o Correio

A presidente eleita, Dilma Rousseff, prepara a Granja do Torto para receber a família. Para acomodar o neto, Gabriel, ela comprou um berço e um colchão, entregues no início da tarde de ontem na casa de campo da Presidência, cedida a Dilma até a posse.
O berço custou R$ 635 e o colchão, R$ 115. Eles foram adquiridos em uma loja de móveis infantis de Brasília em 17 de novembro, pela servidora do governo de transição Marly Ponce Branco. Segundo a assessoria de imprensa da transição, Dilma pagou pelos móveis.
A mesma assessoria informou que a família de Dilma confirmou presença na cerimônia de diplomação da presidente eleita. O evento ocorrerá em 17 de dezembro, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A diplomação é uma solenidade em que é entregue o título que reconhece a eleição do candidato.

Gabriel é o primeiro neto de Dilma. Ele nasceu em 9 de setembro e é filho de Paula, única filha da presidente eleita. Eles moram em Porto Alegre (RS).
A presidente eleita passou o dia na Granja do Torto. No início da tarde, ela recebeu o ministro da Fazenda, Guido Mantega. A reunião durou duas horas. Foi o primeiro encontro entre os dois após a notícia de que Dilma teria convidado Mantega a continuar no Ministério da Fazenda. No fim da tarde, ela encontrou-se com dois dos integrantes da equipe de transição, os deputados Antonio Palocci (PT-SP) e José Eduardo Cardozo (PT-SP).

Unasul
A assessoria de imprensa da presidente eleita confirmou a participação dela no jantar em homenagem ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva oferecido pela União das Nações Sul-Americanas (Unasul). O evento acontece na quinta-feira à noite, em Georgetown, capital da Guiana. Não houve confirmação se Dilma participará, na sexta-feira, da reunião da entidade.

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