postado em 25/11/2010 08:35
Escolhida pela presidente eleita, Dilma Rousseff, para chefiar o Ministério do Planejamento nos próximos quatro anos ; no lugar de Paulo Bernardo ;, a petista Miriam Belchior, que iniciou a carreira no interior de São Paulo, tem tudo para se tornar uma ministra com superpoderes na Esplanada. Além de chefiar uma pasta estratégica, ela irá acumular a gerência do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e deu pistas de que poderá coordenar as políticas setoriais de infraestrutura, segurança pública e área social. As duas atividades, hoje, são atribuições da Casa Civil.Miriam promete reduzir custos e melhorar a qualidade dos serviços prestados pela administração pública federal. Com experiência na área orçamentária, por ter sido secretária de Administração da prefeitura de Santo André no fim dos anos 1990 ; e atualmente coordenar o PAC ; ela tem o desafio de aumentar a eficiência da máquina com recursos, segundo ela, muitas vezes inferiores aos desejados.
Para ter sucesso na empreitada, a futura ministra, de 52 anos, garantiu, durante discurso de 13 minutos, que seu trabalho será baseado em três eixos: planejamento das ações do governo, melhoria da qualidade do gasto público e avanço da gestão pública. ;Queremos recuperar o planejamento. Nos últimos oito anos, retomamos o caminho. A área social é exemplo disso. Alcançamos resultados significativos, para não dizer espetaculares, no combate à pobreza e na redução da desigualdade social;.
Ela sinalizou, ainda, que terá atribuições adicionais na gestão de Dilma. ;Faremos uma interlocução das áreas, assim como fizemos com a agenda social e com o PAC. Tivemos a felicidade de trabalhar com todo o ciclo de planejamento, desde a implementação das políticas ao processo de mudanças no meio do caminho. Vimos os resultados no fim;, comemorou.
Parceria
A futura ministra acredita que a união de planejamento e boa capacidade gerencial será capaz de resolver os principais desafios do país. ;A presidente eleita vai priorizar essa ferramenta de planejamento. Com isso, Dilma acredita que é possível tornar o Brasil uma das maiores economias do mundo e um país menos desigual.; Miriam também afirmou que será parceira permanente do ministro da Fazenda, Guido Mantega, na busca da meta de consolidação fiscal.
Com mestrado em administração pública e governo pela Fundação Getulio Vargas, Miriam promete continuar valorizando o servidor público, mas com uma ressalva. ;De maneira responsável e dentro dos nossos limites.; Segundo ela, há exemplos de boa gestão no governo Lula. ;Quem iria imaginar, há oito anos, que hoje não existiriam filas nos postos de atendimento do INSS? Isso foi resultado de um esforço enorme de todos;, lembra.
A futura ministra está no governo Lula desde 2003. Há quatro anos, é uma das principais gestoras do PAC. Foi casada com o ex-prefeito de Santo André, Celso Daniel, assassinado em 2002. Os dois já estavam separados quando ele foi morto. Nos próximos dias, dedicará seu tempo para a realização do último balanço do PAC deste ano.