postado em 25/11/2010 13:46
São Paulo - O ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República, Franklin Martins, disse hoje (25/11), em São Paulo, que o Brasil vive ;um período de extraordinária liberdade de imprensa;, mas defendeu que é preciso ;refundar; o Ministério das Comunicações para se discutir o tema comunicação no país.;Ficamos um tempão sem discutir comunicação, desde o tempo do Sérgio Motta [ministro das Comunicações no governo Fernando Henrique Cardoso]. Chegou a hora de discutir e é preciso um ministério que planeje, formule, execute e que seja um centro de gravidade da política de comunicação no Brasil;, afirmou o ministro, depois de participar da abertura do Seminário Cultura Liberdade de Imprensa, promovido pela TV Cultura.
Aos jornalistas, Franklin Martins voltou a dizer que não há cerceamento da imprensa no país que é ;livre para falar o que quer e não falar o que não quer; e até mesmo para ;botar o presidente da República sob crítica;. Segundo ele, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sempre garantiu a liberdade de imprensa não por ser uma ;dádiva;, mas por ser uma conquista da sociedade.
Para o ministro, o estabelecimento de um marco regulatório para o setor, a exemplo do que ocorre em outros países, não significa um atentado à liberdade de imprensa.
;É um fantasma dizer que a imprensa está sendo ameaçada. Ameaçada por quem?;, indagou o ministro, ressaltando que seu compromisso pessoal com a liberdade de imprensa não é de ;conveniência ou de circunstância;, mas de ;alma;.
Franklin disse que deixará o governo no dia 31 de dezembro, assim que terminar o mandato do presidente Lula, por motivos pessoais. ;Fico até o dia 31 de dezembro. A partir daí Franklin Martins vai desencarnar;, brincou o ministro.
Ele declarou ainda que deixará à presidenta eleita, Dilma Rousseff, um anteprojeto de lei complexo, mas consistente para modernizar a legislação sobre a mídia no país. ;Estamos trabalhando para deixar para a ministra Dilma um anteprojeto em cima do qual ela possa trabalhar. Ela é livre para mandar ou não para o Congresso. Ela vai decidir.;