Politica

Lula faz retrospectiva e diz que deixa Presidência de cabeça erguida

postado em 30/11/2010 13:47
Brasília - Ao visitar as obras da Hidrelétrica de Estreito, no Maranhão, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez uma pequena retrospectiva de seu governo. Ao citar outros presidentes, como Getúlio Vargas, que se suicidou, e João Goulart, que foi cassado pelo golpe militar em 1964, Lula disse que, em 2005, quando enfrentou as denúncias do mensalão, ficou sem saber que rumo a Presidência tomaria.

;Pensei: O que vão fazer comigo;, indagou. ;Eles tentaram em 2005, mas não sabiam que esse presidente era a encarnação do povo na rua. Esse país teve presidente que se matou, que foi cassado. Conversei com [José] Sarney na época. E disse que eles vão saber que não é o Lula que está na Presidência. É a classe trabalhadora brasileira;, completou.

Lula disse que deixará a Presidência ;com a cabeça tão erguida ou mais erguida; do que subiu. ;Duvido que tenha presidente que tenha tido relação tão republicana como eu tive com governadores e prefeitos. Nunca perguntei a que partido pertenciam. Se tinham direitos, a gente repassava as coisas que tinha de repassar;.

Durante a inauguração, o presidente afirmou que a construção só foi possível por conta da presidenta eleita, Dilma Rousseff. ;Foi ela que mudou o marco regulatório da questão energética no país e brigou para que pudéssemos ter esse projeto;, disse.

Lula disse ter a expectativa de que Dilma faça muito mais obras do que ele próprio fez nos oito anos em que ficou na Presidência. ;Ela conhece o Brasil como pouca gente conhece. Conhece a máquina por dentro como pouca gente conhece;, comentou.

E lembrou que é preciso que os moradores que vivem na região e dependem da agricultura possam continuar trabalhando e tirando sua riqueza do solo. ;Uma hidrelétrica tem de trazer beneficio para todos, mas, sobretudo, atender àqueles que estavam aqui antes da hidrelétrica chegar;, afirmou.

A Usina de Estreito vai gerar 1.087 megawatts de energia. A potência é suficiente para abastecer uma cidade com quatro milhões de habitantes. A obra está 90% concluída e entra, agora, na reta final.

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