Politica

Negativa de Gerdau pode esconder que ele está em alta para três cargos

Ivan Iunes
postado em 04/12/2010 08:00
Empresário depois da reunião com Dilma Rousseff: um O empresário Jorge Gerdau negou a intenção de ocupar um lugar na Esplanada a partir de janeiro mas, ao que tudo indica, a negativa não é definitiva. Depois do episódio Sérgio Cortes, em que o secretário de Saúde do Rio de Janeiro foi anunciado ministro pelo governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, e depois desmentido pela equipe de transição, a ordem para os aspirantes a um posto no governo federal é exatamente despistar qualquer conversa com a presidente eleita, Dilma Rousseff. Segundo integrantes do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), Gerdau permanece com a cotação em alta para pelo menos três cargos.

Ao mesmo tempo em que negava a intenção de compor o governo, membros do conselho na reunião do CDES de quinta-feira davam como favas contadas o convite de Dilma a Gerdau. A dúvida seria apenas para qual cargo ele seria convidado. Interessada no capital construído por Gerdau no Movimento Brasil Competitivo, de desburocratização e competitividade, a presidente eleita cogita criar uma Secretaria Especial, com o empresário à frente, para tratar especificamente da tarefa de melhorar a eficiência da gestão pública na Esplanada.

A intenção é que ele impulsione a gestão da máquina pública, agregando conceitos do meio empresarial. Segundo avaliação da equipe de transição, já foram nomeados ou convidados ministros com perfil técnico e político, mas faltariam ainda os chamados nomes da sociedade ; papel desempenhado no primeiro mandato do presidente Lula pelo ex-ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlán.

Lista
Embora a criação da nova secretaria especial seja o destino mais provável para Gerdau, caso ele aceite compor o ministério, o empresário ainda poderia ocupar ao menos uma pasta já existente, a de Assuntos Estratégicos, hoje ocupada pelo embaixador Samuel Pinheiro Guimarães. Prometido por Dilma durante a campanha presidencial, o ministério da Micro e Pequena Empresa também está na lista como possível destino do representante do Movimento Brasil Competitivo, embora o favorito para o posto seja o diretor da Agência Brasileira de Promoção de Exportação e Investimentos (Apex), Alessandro Teixeira.

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