postado em 10/12/2010 12:34
A presidente eleita, Dilma Rousseff, recebeu com tranquilidade as notícias publicadas na imprensa nesta sexta-feira (10/12) de que um telegrama confidencial da diplomacia dos Estados Unidos relatava que ela teria participado de assaltos a bancos e ações armadas durante a ditadura militar (1964-1985). De acordo com uma fonte do gabinete de transição, a petista leu a notícia e não fez nenhum comentário. ;Ela está muito tranquila;, disse. O telegrama foi divulgado pelo site WikiLeaks. O texto teria sido escrito em 2005 pelo então embaixador norte-americano no Brasil John Danilovich. No relato enviado aos EUA, ele teria descrito que Dilma participou de três assaltos a bancos e ajudou a planejar o assalto ao cofre do ex-governador de São Paulo Adhemar de Barros, que teria rendido ao grupo político-militar Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (VAR-Palmares), que fazia oposição à ditadura, um total de US$ 2,5 milhões. A presidente eleita sempre negou ter participado de ações armadas.
De acordo com a assessoria de imprensa do governo de transição, é possível que ainda nesta sexta seja divulgada uma nota com o nome de mais ministros que irão compor o primeiro escalão do governo Dilma. Provavelmente, a próxima lista conterá menos nomes que a divulgada na quarta-feira à noite, ocasião em que dez futuros ministros foram confirmados. Até agora, 16 dos 37 cargos de ministro já foram anunciados oficialmente.
Dilma Rousseff passou a manhã de hoje na residência da Granja do Torto, onde irá morar até tomar posse em 1; de janeiro. Ela deve permanecer no local o dia inteiro. Mais cedo, Dilma recebeu a futura ministra da Secretaria de Comunicação Social da Presidência República, Helena Chagas. À tarde, é possível que ela se reúna com o ministro da Defesa, Nelson Jobim, nome certo para permanecer no cargo.