postado em 10/12/2010 16:59
Em clima de despedida, a governadora do Rio Grande do Sul Yeda Crusius (PSDB) falou sobre os quatro anos de governo e se comparou à iraniana Sakineh Mohammadi-Ashtiani, condenada à morte por apedrejamento, durante entrevista no Programa Gaúcha Atualidade desta sexta-feira (10/12)."Eu passei apedrejada um tempão na praça pública, o que destruiu a minha história de vida e a de gente que tem a ver comigo", lamentou a governadora, ao afirmar que o primeiro processo de impeachment contra um governador gaúcho coincidiu com a primeira vez em que um deputado petista presidiu a Assembleia.
Com tristeza, Yeda lembrou episódios que marcaram seu governo, como a manifestação realizada por professores e políticos da oposição em frente a sua casa em julho de 2009. "Eu não tinha nada, nenhuma filmadora, que contasse a história de quem estava do lado de dentro do portão".
Transmitido do Palácio Piratini, o programa também abordou a tentativa frustrada de reeleição da governadora. "O nosso projeto era para quatro anos, tudo que eu fizesse não era visando a reeleição, nunca foi. [...] Conseguimos verbas complementadas pelo Estado que fizeram a história destes quatro anos".
Ainda assim, Yeda agradeceu os mais de 1 milhão de "votos de convicção" de seus eleitores, a quem fez uma promessa, quando perguntada se concorreria à Prefeitura de Porto Alegre. "De jeito nenhum, mas eu prometo pensar"
Yeda disse que encerra o governo sem arrependimentos e, sobre os escândalos de corrupção que envolveram sua passagem pelo Piratini, afirmou que "a questão vai voltar para o colo de quem disse".