;Partido no qual fiquei durante 30 anos. Vivenciamos momentos difíceis de divergências, mas devo dizer que minha saída do PT não tem a ver com minha bancada;, assinalou Marina. ;A minha saída do PT, que vem em seguida a minha vinda para o Senado, tem a ver com aquilo que considero uma falta de percepção do Partido dos Trabalhadores para não deixar ficar no que já conquistamos e fechar as portas para novos desafios. A questão da sustentabilidade ambiental é a utopia desse século e nenhum partido foi capaz de perceber isso, inclusive o PT.;
Ela relembrou ainda seus melhores e piores momentos no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no qual foi ministra do Meio Ambiente. Segundo a senadora, sua saída do governo ocorreu no momento em que não obteve mais apoio das ações contra o desmatamento na Amazônia. De acordo com Marina, não havia a opção de recuar nessas ações e, por isso, ela decidiu voltar ao Senado.
A senadora acreana também falou sobre sua participação na solenidade de balanço dos oito anos do governo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ocorrida ontem (15), no Palácio do Planalto. Marina disse que decidiu participar porque ;não guarda mágoas;. ;Ontem, eu ouvi da boca do presidente Lula que durante seus oito anos de governo criou 24 milhões e 600 mil hectares de unidades de conservação. Durante a minha gestão [no ministério] foram 24 milhões de hectares.;
A senadora também se referiu à campanha eleitoral, quando concorreu à Presidência da República. Para ela, os brasileiros fizeram uma opção pelo desenvolvimento sustentável. Marina disse que a decisão de se tornar candidata a presidente foi difícil, mas necessária. ;Sabia que esse era o chamado ao qual se eu não atendesse me sentiria faltosa comigo mesma e com as bandeiras que defendo.; A atuação de Marina Silva foi parabenizada por outros senadores que estavam presentes no plenário.