Politica

PF deflagra operação contra suposta venda de sentenças em Tocantins

postado em 17/12/2010 08:49
Três desembargadores do Tribunal de Justiça de Tocantins (TJ/TO) foram conduzidos, ontem, à Superintendência da Polícia Federal, em Palmas, durante a Operação Maet, desencadeada em duas cidades do estado. Entre os magistrados estavam a presidente do TJ/TO, Willamara Leila, além do vice, Carlos Souza, e do corregedor do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), Liberato Póvoa. Eles estariam sendo investigados em um esquema de venda de sentenças e precatórios. A Polícia Federal (PF) não deu detalhes sobre a ação, alegando que estava cumprindo uma determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que conduz as investigações.

Apesar disso, a PF observou que o esquema está sendo investigado há seis meses, envolvendo grandes volumes de recursos. ;Durante esse período, foi estimado que o grupo movimentou milhões de reais no estado. A suspeita foi confirmada com a localização de uma grande quantidade de dinheiro encontrada na residência de um advogado;, informou a corporação em nota. A PF referia-se a R$ 375 mil encontrados em uma residência em Palmas, um dos nove alvos onde os policiais fizeram buscas e apreensões. Durante todo o dia, eles percorreram diversos locais atrás de documentos, inclusive em Goiânia e em Rio Verde (GO). Além do dinheiro apreendido, a PF apreendeu cinco armas. Duas pessoas foram presas por porte ilegal de arma e munições.

No fim da tarde, o superintendente da PF em Tocantins, César Augusto Martinez, esteve com o desembargador Antônio Félix e entregou as liminares do ministro do STJ João Otávio de Noronha determinando o afastamento dos três magistrados e lhe dando posse até fevereiro do próximo ano. A Corte superior não se pronunciou, mas o ministro deveria seguir para Palmas para ouvir as pessoas na sede da Polícia Federal.

Um dos conduzidos do TJ/TO, o desembargador Póvoa, ganhou notoriedade durante as eleições deste ano, quando proibiu que 84 veículos de comunicação de todo o país noticiassem uma denúncia contra o governador Carlos Gaguim (PSDB), que era candidato à reeleição e foi derrotado.

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