Politica

Dilma e Temer serão diplomados hoje a tarde

postado em 17/12/2010 08:57
Está marcada para as 17h de hoje, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a solenidade de diplomação da presidente eleita, Dilma Rousseff, e de seu vice, Michel Temer. Eleita com mais de 55 milhões de votos, a petista receberá do TSE um diploma, no qual ela é declarada a presidente da República de 1; de janeiro de 2011 a 31 de dezembro de 2014.

A solenidade será prestigiada por 250 convidados, dos quais 100 poderão ficar em plenário. Os demais terão de assistir à diplomação no auditório, localizado no segundo andar do edifício sede do TSE. O Correio apurou que Dilma e Temer, juntos, solicitaram ao cerimonial do TSE 34 convites. Os convidados da lista pessoal de ambos terão cadeiras reservadas em plenário.

O número de profissionais da imprensa credenciados para a diplomação, porém, supera o total de convidados. De acordo com a assessoria de imprensa do TSE, 322 jornalistas pediram credencial para cobrir o evento, entre repórteres, fotógrafos e cinegrafistas.

A cerimônia deve durar cerca de uma hora e será aberta com a execução do Hino Nacional Brasileiro. Depois de o presidente do TSE, Ricardo Lewandowski, entregar os diplomas a Dilma e a Temer, a presidente eleita fará um breve discurso. Na sequência, Lewandowski lerá um pronunciamento e, então, encerrará a sessão. Os diplomados receberão os cumprimentos dos convidados em salão ao lado do plenário.

Logo depois da diplomação, Dilma seguirá para o Itamaraty, onde receberá uma homenagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O coquetel será prestigiado por autoridades e membros do governo, além de amigos e parentes da presidente eleita. Fontes do Palácio do Planalto informam que Lula não deve participar da solenidade de diplomação, mas ele é esperado no Itamaraty.

A diplomação de Dilma Rousseff e Michel Temer poderá ser acompanhada na TV pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC), que anunciou ontem a transmissão ao vivo da solenidade no TSE.

PERFIL DE DILMA FOI A NOTÍCIA MAIS LIDA
A notícia mais lida do ano no site do jornal britânico The Independent foi um perfil de Dilma Rousseff publicado antes do primeiro turno das eleições. A informação foi divulgada ontem pelo periódico europeu. A reportagem, publicada em 26 de setembro, dizia que eram grandes as chances de a então presidenciável do PT ser eleita no primeiro turno e previa que a brasileira se tornaria a mulher mais poderosa do mundo. O prognóstico não se confirmou, mas Dilma acabou vencendo o rival, José Serra (PSDB), no segundo turno.

Popularidade de Lula é recorde
Ivan Iunes

O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010) terminará o mandato com o maior índice de popularidade já registrado para um presidente, de 87%. O número foi divulgado ontem pelo Instituto Ibope e referem-se a uma pesquisa encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Os dados foram colhidos entre os dias 4 e 7 deste mês e mostram que, embora aprovem a gestão de Lula, os brasileiros ainda estão insatisfeitos com áreas como saúde, segurança pública e a atual política tributária do Palácio do Planalto. Para o próximo governo, 62% se declaram otimistas em relação ao futuro mandato de Dilma Rousseff.

A pouco menos de duas semanas de seu fim, o governo Lula atingiu o seu maior índice de popularidade. O número de pessoas que consideram a gestão petista ótima, boa ou regular corresponde a 96% dos entrevistados. Das nove áreas analisadas pela pesquisa, sete tiveram variação positiva, incluindo a segurança pública, que pela primeira vez registrou índice maior de satisfeitos do que de descontentes. Hoje, 49% aprovam a política do governo para o setor, contra 46% que não concordam. Há um mês, os insatisfeitos somavam 53%. De acordo com a pesquisa CNI/Ibope, a mudança ocorreu após as operações policiais contra o narcotráfico nas favelas da Vila Cruzeiro e do Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro.

Em relação à série histórica, um retrato do governo Lula pelos índices de aprovação mostram uma crescente na avaliação entre 2003 e 2005 ; no ápice do escândalo do mensalão, a aprovação estava em 42%. Desde então, a taxa cresceu em ritmo constante, até atingir os atuais 87%. Na pesquisa anterior, divulgada em outubro, a aprovação ao governo Lula foi de 85%. ;O governo Dilma já terá uma grande vitória se conseguir manter esse índice, mas também é um desafio, já que ela herda um governo altamente avaliado;, opina o gerente executivo da pesquisa CNI, Renato da Fonseca.

Otimismo
Assim que assumir a Presidência, em 1; de janeiro, Dilma precisará dar conta de uma expectativa elevada. Entre os entrevistados, 62% acreditam que a gestão dela será ótima ou boa e apenas 9% esperam que seja ruim ou péssima. O otimismo é mais elevado no Nordeste (70%) e mais baixo no Sudeste e no Sul (58%). Quando analisado o poder aquisitivo, 66% dos que ganham até um salário mínimo apostam em um governo ótimo ou bom, contra 49% dos que ganham mais de 10 salários.

Nos últimos atos do governo Lula, a população ainda indicou prioridades para a próxima presidente e comparou os dois mandatos do petista no Planalto. Para 47% dos entrevistados, os últimos quatro anos foram iguais aos primeiros, mas 44% dizem preferir o segundo mandato. Mesmo assim, a população elegeu as áreas de saúde, educação, segurança pública, combate à fome e à pobreza, combate às drogas, geração de empregos e combate à corrupção como prioritárias.

O setor mais crítico do governo, a saúde, teve a política rejeitada por 54% dos entrevistados. Pouco mais da metade, 51%, também não aprovou os impostos do governo federal. As áreas mais bem avaliadas foram os combates ao desemprego (66%) e à fome e à pobreza (71%).

Expectativa

O governo Lula terminará em 31 de dezembro com aprovação de 87%. Em comparação com Lula, a gestão de Dilma será melhor para 18% dos entrevistados, igual para 58% e pior para 14%. Confira quais setores eles classificaram como sendo prioritários para a próxima chefe do Executivo.

Saúde: 51%
Educação: 11%
Segurança pública: 7%
Combate às drogas: 6%
Combate à fome e à pobreza: 6%
Combate à corrupção: 5%
Geração de empregos: 4%

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação