Com o anúncio de mais sete nomes para compor o ministério a partir de 2011, resta a presidente eleita, Dilma Rousseff, indicar mais sete pessoas para o primeiro escalão do novo governo. Por meio de nota divulgada ontem no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) ; sede do governo de transição ; Dilma nomeou três mulheres e quatro homens.
Alexandre Padilha, atual ministro de Relações Institucionais, foi confirmado na Saúde. O médico terá a missão de comandar a área mais criticada da gestão do presidente Lula, com orçamento superior a R$ 74 bilhões para 2011. ;Vai comigo para a Saúde o que aprendi com trabalhadores, usuários, pesquisadores e movimentos gestores desde os primeiros passos com o movimento de reforma sanitária;, escreveu Padilha em seu Twitter, logo após ser confirmado.
O ministro do Esporte, Orlando Silva (PCdoB), ganhou uma queda de braço no partido e se mantém no cobiçado cargo diante da Copa de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016. Também permanece onde está o advogado Luís Inácio Lucena Adams, titular da Advocacia Geral da União. Ele era cotado para assumir a vaga aberta no Supremo Tribunal Federal (STF). Adams assumiu o posto em outubro de 2009, quando José Antonio Dias Toffoli deixou o cargo para assumir uma cadeira no STF. O advogado atuou em causas polêmicas, como a construção da Usina de Belo Monte, no Pará, e a manutenção do Exame Nacional do Ensino Médio em 2010.
O deputado federal Mário Negromonte (PP-BA), que irá assumir o Ministério das Cidades, foi imposto pela bancada do partido na Câmara. A saída de Negromonte abre caminho para que Acelino Popó Freitas ganhe vaga no parlamento. O senador Francisco Dornelles (PP-RJ), que esteve com Dilma na semana passada, fechou a negociação. ;Aceitei o convite com muita honra;, afirmou Negromonte, após 40 minutos de reunião com a presidente eleita na residência oficial do Torto.
11 mulheres
Com a nota oficial de ontem, chega a 11 o número de mulheres no primeiro escalão. A atriz, cantora e compositora Ana de Hollanda, irmã de Chico Buarque e apoiada pela bancada do PT carioca, substituirá Juca Ferreira no Ministério da Cultura. A economista Tereza Campello, mulher do ex-tesoureiro do PT Paulo Ferreira, será a titular do Desenvolvimento Social. Para a Secretaria Especial de Promoção da Igualdade Racial, Dilma optou pela socióloga gaúcha Luiza Helena de Bairros. Ela é a atual secretária de Igualdade Racial do governo da Bahia e uma das principais lideranças do setor. Luiza foi abençoada pelo governador Jacques Wagner, um dos conselheiros de Dilma. Nenhuma das três indicadas fazia parte do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A expectativa é de que Dilma finalize a composição de seu ministério até amanhã.
Colaborou Denise Rothenburg
HILLARY CONFIRMADA
; A posse da presidente eleita, Dilma Rousseff, vai ser prestigiada pela secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, que ontem confirmou presença na solenidade marcada para 1; de janeiro, em Brasília. ;O Brasil é um parceiro essencial no continente e no mundo;, disse o porta-voz do Departamento de Estado, Philip Crowley. Cerca de duas mil pessoas serão convidadas para a posse, agendada para o plenário da Câmara, no Congresso Nacional. Até ontem, a gráfica do Senado já havia impresso 1.229 convites.