Politica

Senador Tião Viana (PT) renuncia ao mandato para assumir governo do Acre

postado em 21/12/2010 18:45
O senador Tião Viana (PT-AC) renunciou ao mandato nesta terça-feira (21), em caráter irrevogável, e se despediu do Senado, para assumir o governo do estado do Acre no próximo dia 1; de janeiro. Seu suplente, Aníbal Diniz (PT-AC), tomou posse logo em seguida, prestando o compromisso constitucional.

Tião Viana lembrou que em seus 12 anos como parlamentar acompanhou a luta política em torno de temas como o novo Código Penal, o controle do Poder Judiciário, a reforma previdenciária, os pequenos avanços da reforma tributária e a eleição de Lula à condição de presidente da República.

"Convivi com todos os colegas, preservando as relações de respeito, de convivência, de valores e, ao mesmo tempo, nunca abrindo mão do posicionamento político necessário à parte com a qual eu convivia, que era o querido Partido dos Trabalhadores, com essa querida e combativa bancada com que pude conviver em três legislaturas que se seguiram: de José Eduardo Dutra a Ideli Salvatti, a Aloizio Mercadante, a Suplicy, a Heloísa Helena", relatou.

O senador também destacou sua atuação como líder do governo na transição, líder do PT no Senado, líder do Bloco de Apoio ao Governo, duas vezes vice-presidente do Senado e presidente interino da Casa por 60 dias. Ele ressaltou o debate sempre franco, sério e respeitoso que manteve com o presidente José Sarney, mesmo quando tiveram momentos de divergência.

"Se dependesse de mim esta Casa teria como prioridade a sua agenda da reforma política. Um item por ano, não precisaria mais do que isso, para mudar a imagem da estrutura política brasileira. Bastaria um grande tema da reforma política por ano e, em quatro anos, teríamos dado uma extraordinária contribuição ao Brasil", sugeriu.

Outra sugestão de Tião Viana foi a reforma trabalhista. Ele disse que é preciso trazer o tema de volta para uma agenda nacional. O senador também avaliou que a reforma tributária, herdada de uma reforma de 1967 e baseada na centralização do Estado, da concentração de poder na figura da União, deveria ter consequência. Ele salientou que o país tem um pacto federativo a ser tratado e ser colocado na Ordem do Dia de uma agenda política nacional.

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