postado em 02/01/2011 16:00
As trocas na área de alta tecnologia com o Japão e com a Coreia do Sul deram a tônica dos encontros mantidos neste domingo (2/1) da presidenta Dilma Rousseff com o primeiro-ministro da Coreano, Kim Hwang-Sik e com o ex-primeiro ministro do Japão, Taro Aso. De acordo com o ministro das Relações Exteriores, Antônio Patriota, Dilma tratou com o primeiro-ministro da Coreia sobre a cooperação na área de energia nuclear, petróleo e construção naval.De acordo com o ministro, Hwang-Sik também manifestou desejo de firmar acordos com o Brasil. ;Foi um debate substantivo em que se falou de parceria estratégica em áreas de alta tecnologia. Há desejo mútuo de intensificar a cooperação na área de energia nuclear, petróleo e construção naval;, disse o chanceler brasileiro que acompanhou a presidente nas conversas.
Com a Coreia do Sul, o Brasil também quer equilibrar sua balança comercial. ;Vamos examinar uma forma de equilibrar o comércio. Hoje temos um deficit com a Coreia do Sul e eles chegaram a falar na hipótese de um acordo comercial entre a Coreia e o Mercosul;.
No primeiro semestre de 2010, as exportações brasileiras para a Coreia foram de US$ 2,17 bilhões e as importações chegaram a US$ 5,61 bilhões. A ideia de uma acordo comercial com os países do Mercosul já foi defendido, em setembro de 2010, pelo vice-ministro do Ministério da Economia do Conhecimento da Coreia do Sul, Kyungsik Kim.
A presidenta também conversou, tanto com o ex-primeiro ministro do Japão, quanto com o primeiro ministro da Coreia, sobre o trem de alta velocidade.
Dilma e Taro Aso se conhecem há mais de cinco anos, desde que a então ministra Chefe da Casa Civil esteve no Japão para celebração dos 100 anos da imigração japonesa. ;Dilma agradeceu papel do Taro Aso como presidente do grupo parlamentar nipo-brasileiro e também todo o apoio que ele deu na tramitação no Congresso de um acordo de previdência que beneficia os imigrantes brasileiros no Japão;, disse Patriota.
Após os encontros, Dilma retornou para a Granja do Torto, onde deve morar por mais 15 dias, antes de se mudar para o Palácio da Alvorada. Não há compromissos oficiais previstos para a tarde desse domingo na agenda da presidenta da República.