postado em 02/01/2011 16:49
Brasília - Ao assumir hoje (2/1) o Ministério das Relações Exteriores, o embaixador Antonio de Aguiar Patriota, de 55 anos, defendeu as posições de firmeza adotadas pela política externa brasileira em favor dos interesses nacionais, do multilateralismo e da busca pelo diálogo. Segundo ele, é fundamental a revisão da formação de algumas entidades internacionais, mas não citou quais. Para o chanceler, é essencial que todos os países tenham voz, do contrário, erros do passado serão reproduzidos.Para Patriota, é importante ainda que a presidenta Dilma Rousseff desenvolva uma ;diplomacia universal; dando importância aos países da América do Sul e do Caribe, assim como parceiros importantes comerciais, como os Estados Unidos e a China. Segundo ele, uma agenda internacional já foi negociada com Dilma.
;O Brasil não se furtará em defender interesses nacionais específicos;, disse Patriota, que participou hoje da cerimônia de transmissão de cargo, no Itamaraty. ;Continuaremos a privilegiar a diplomática e a defender o multilateralismo e o fim das armas nucleares.;
De acordo com o novo chanceler, é necessário que os países em desenvolvimento sejam ouvidos. ;[Os países que integram o] G20 [grupo dos países mais ricos do mundo] devem ser sensíveis aos países [em desenvolvimento];, disse ele. ;Os antigos formadores de opinião têm encontrado dificuldades em manter suas ideias.;
Patriota é formado em filosofia pela Universidade de Genebra (Suíça). Desde o início da carreira no Itamaraty, era apontado como um dos promissores diplomatas do país. O atual chanceler foi chefe do setor político na Missão do Brasil na Organização das Nações Unidas (ONU) e também embaixador do Brasil nos Estados Unidos, além de outras funções desempenhadas no exterior.
O ministro das Relações Exteriores afirmou ainda que mantém uma relação amistosa com o assessor especial de Assuntos Internacionais da Presidência, Marco Aurélio Garcia. Patriota e Garcia trabalharam juntos durante a gestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pois o atual chanceler era o secretário geral do Itamaraty e anteriormente ocupou a Embaixada do Brasil nos Estados Unidos. ;Temos pela frente muito trabalho, mas herdamos um país em excelentes condições;, disse.