postado em 04/01/2011 12:18
A cerimônia de posse do ministro Moreira Franco, na Secretaria de Assuntos Estratégicos, se transformou em um ato de desagravo do PT em relação ao PMDB. O vice-presidente da República, Michel Temer (que é amigo de Moreira Franco), afirmou que as indicações de cargos para o segundo escalão de Dilma Rousseff estará suspensa até que haja diálogo do governo com a base aliada da presidente no Congresso. "Não havera decisão sem diálogo com os partidos", informou. O PMDB reclama que não está sendo contemplado com cargos do segundo escalão. Integrantes do partido chegaram a insinuar que a legenda retiraria o apoio a Dilma no Congresso se a dovisão de cargos não fosse revista. Indagado se a presidente teria ficado assustada com a reação do PMDB, Temer respondeu: "Ela tem experiência, essas coisa são assim mesmo. Mas como elas se repetem dão mais experiência", disse.
O ministro de Relações Institucionaos, Luiz Sérgio, afirmou que a orientação da pasta aos titulares nesse momento é que tenham calma. O responsável pela articulação politica no governo Dilma também acenou com a responsabilidade de um partido apoiar o senador José Saney (PMDB-AP) na disputa pela presidência do Senado.
Na cermônia de posse de Moreira Franco, pelo menos três petistas do alto escalão estavam presentes: Luiz Sérgio, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozzo, e o ministro-chefe da Advocacia da União, Luís Inácio Adams.
Nas posses dos ministros que aconteceram ontem foi sentida a falta de petistas nas cerimônias dos titulares peemedebistas. Moreira Franco, no entanto, não quiz usar a palavra "crise" para resumir a reação entre PT e PMDB e afirmou que os conflitos são naturais. " A vida parlamentar é a vida do discenso, da opinião, do conflito. Há e haverá sempre divergências, mas não é crise.