Politica

Jobim confirma convite a Genoino para ser seu assessor especial

postado em 07/01/2011 12:19
O ministro da Defesa, Nelson Jobim, confirmou o convite feito ao deputado José Genoino (PT-SP), como antecipou o Correio na edição de quinta-feira. Em entrevista ao programa Bom Dia Ministro, Jobim disse ter conversado com o parlamentar, que não conseguiu se reeleger, no ano passado. Genoino será assessor especial.

"Em relação ao Genoíno, eu efetivamente o convidei no ano passado para ser meu assessor. Eu conheço o deputado José Genoino desde 1988. Tenho relações estreitas com ele. Fiz um convite e ele ainda não me respondeu. Ficamos de conversar em fevereiro sobre se ele virá ou não. A posição que ele assumiria seria de assessor direto ao ministro. Ou seja, vou colar o Genoino em mim", afirmou Jobim na entrevista divulgada pela Radiobrás.

Ex-guerrilheiro que atuou no Araguaia (1972-1975), Genoino foi preso logo depois do início da incursão em abril de 1972 sob codinome de Geraldo. Apesar disso, é um parlamentar bem visto entre setores das Forças.

Atuou como um dos consultores de Jobim na elaboração do Plano Nacional de Defesa, que reforça o papel das Forças Armadas no controle de fronteira, tráfico de drogas, proteção ambiental e cria a figura do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, que figura acima na hierarquia dos Estados-Maiores de Exército, Marinha e Aeronáutica. O plano faz com que Força Aérea (FAB) passe a ter poder de polícia para
efetuar prisões em flagrante, poder que não tinha até o projeto ser aprovado pelo Congresso em agosto do ano passado.

A principal definição do Ministério da Defesa no governo da presidente Dilma Rousseff, ex-guerrilheira como Genoino, é a compra de 36 caças para a FAB, numa transação que pode chegar a R$ 15 bilhões. A decisão sobre a compra das aeronaves vem sendo adiada desde o governo Fernando
Henrique. Três empresas disputam a venda: a francesa Dassault,fabricante do Rafale, a norte-americana Boeing, que ofereceu o modelo F 18 Super Hornet, e a sueca Saab, responsável pelo Grippen. O governo tem uma clara preferência pela tecnologia francesa, apesar de o valor
dos suecos estar bem abaixo dos concorrentes.

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