postado em 19/01/2011 15:56
O presidente da Câmara dos Deputados e candidato à reeleição, deputado federal Marco Maia (PT-RS), reconheceu, nesta quarta-feira (19), que o valor de R$ 540 ;é pouco; para o salário mínimo. A medida provisória do governo que reajustou o salário mínimo tramita na Câmara e começa a ser debatida a partir de fevereiro, no início do ano legislativo.Maia defendeu um valor que acompanhe os ganhos reais obtidos ao longo dos últimos oito anos sem, no entanto, comprometer os gastos públicos. ;Precisamos procurar um equilíbrio. O meu papel, é tentar conduzir as negociações de forma equilibrada que permita, a cada um [Executivo, centrais sindicais e partidos], dar a sua opinião;, disse o presidente da Câmara, em entrevista ao programa 3 a 1, da TV Brasil, que vai ao ar hoje, às 22 horas. O programa, ancorado por Luiz Carlos Azedo, teve a participação dos jornalistas da EBC Eudes Junior e Tereza Cruvinel.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que o Executivo tem caixa para elevar o valor do salário mínimo para R$ 545. No Congresso, entretanto, outras propostas são discutidas. As centrais sindicais e os aposentados querem um reajuste para R$ 580. PSDB e Democratas, da oposição, já anunciaram que defenderão o valor de R$ 600, bandeira do candidato tucano à Presidência da República em 2010, José Serra.
Na entrevista ao 3 a 1, Marco Maia defendeu ainda a autonomia do Legislativo de promover mudanças em matérias (projetos de lei e medidas provisórias) encaminhadas pelo governo federal. ;O governo precisa entender que, quando apresenta propostas [ao Congresso], poderão haver mudanças. Isso faz parte do trabalho parlamentar;.
Marco Maia também tratou de outros assuntos, como a lentidão do Congresso para apreciar temas relevantes para a população. ;Precisamos acelerar o processo legislativo, permitir que o Congresso exerça seu papel de forma atuante;. Ele acrescentou que, se eleito para mais um mandato de presidente da Câmara, ;patrocinará esse diálogo;. Marco Maia também se mostrou favorável a análise de mecanismos que permitam maior interação da sociedade com o Congresso, por meio de plebiscitos, consultas e referendos.