Politica

Governo pede ajuda a instituto da Gerdau para dar gestão eficaz à Funasa

postado em 20/01/2011 08:00
O governo encomendou ao empresário Jorge Gerdau um diagnóstico completo sobre a Fundação Nacional de Saúde (Funasa), vinculada ao Ministério da Saúde. O plano estratégico deverá ficar pronto em um mês. PT e o PMDB brigam nos bastidores pelo controle da fundação ; comandada nos últimos anos por peemedebistas.

Ontem, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, o presidente da Funasa, Faustino Lins Filho, e representantes do Instituto de Desenvolvimento Gerencial da Gerdau (IDG) participaram da primeira reunião do grupo de trabalho. Ali foram apresentados detalhes dos projetos e do orçamento tocados pela fundação estatal.

De acordo com Padilha, a proposta é melhorar as ações da Funasa na execução de obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Muitos dos projetos envolvem repasses para municípios com menos de 50 mil habitantes e incluem obras de saneamento, voltadas para o aprimoramento de recursos hídricos e em comunidades indígenas. O cronograma de trabalho dependerá dos problemas e das propostas apresentados pelos técnicos do instituto.

A participação de Gerdau foi um convite da presidente Dilma Rousseff, que quer implantar no governo um modelo mais próximo das práticas de mercado. Na pasta da saúde, o ministro afirma que a prioridade será melhorar o sistema de compras, com o objetivo de reduzir custos e prazos para aquisição de produtos, medicamentos e equipamentos.

Limpeza
A tensão entre PT e PMDB em torno da Funasa estourou quando Padilha demitiu Alberto Beltrame, ligado ao líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), da Secretaria de Atenção à Saúde e indicou o petista Helvécio Magalhães (PT-MG) para o cargo. O ministro diz ter seguido determinações da presidente Dilma em fazer uma ;limpeza; em indicações políticas, mas o PMDB reclama não ter sido informado do processo. Para dar o troco, o PMDB decidiu barganhar nomeações com a votação do salário mínimo e a eleição para a Presidência da Câmara. A disputa exigiu a interferência dos caciques da base aliada para apaziguar os ânimos.

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