postado em 28/01/2011 15:43
Patrícia ScofieldAs despesas da equipe de transição do governo Dilma Rousseff (PT) chegaram a R$ 966,6 mil, entre gastos com passagens, diárias, serviços de telecomunicação e assinatura de periódicos, por exemplo. As informações são do Sistema Integrado de Administração Financeira do governo federal (Siafi) e de levantamento feito pela ONG Contas Abertas. Do valor total, R$ 457,3 mil foram desembolsados pela Presidência da República com a remuneração da membros da equipe de transição, e os outros R$ 509 mil foram gastos para "dar apoio ao candidato eleito".
A legislação define a transição governamental como o "processo que objetiva propiciar condições para que o candidato eleito para o cargo de Presidente da República possa receber de seu antecessor todos os dados e informações necessários à implementação do programa do novo governo, desde a data de sua posse;. Na reeleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em 2006, o valor de R$ 1,8 milhão disponível no orçamento não foi aplicado.
Do orçamento utilizado pela equipe de Dilma, o serviço de locação de meios de transporte foi o que mais demandou recursos públicos: R$ 200 mil. Em segundo lugar, estão os serviços de telecomunicações, que exigiram R$ 169 mil. Outros R$ 97, 2 mil foram usados para pagar despesas com diárias e passagens da equipe de transição e parte dessas despesas deve ser paga ao longo dos primeiros meses de 2011.
Até o fim de dezembro de 2010, 29 pessoas foram nomeadas para integrar a equipe de transição, segundo o Diário Oficial da União. Ao todo, a folha de pagamento da equipe custou cerca de R$ 185,9 mil, mas a não foi computada na contabilidade do ;apoio técnico e administrativo à equipe de transição de governo;.
A coordenação da equipe de transição foi do vice-presidente eleito, Michel Temer (PMDB-SP), além dos petistas José Eduardo Dutra, José Eduardo Cardozo e Antonio Palocci. A cúpula teve acesso às informações relativas às contas públicas, aos programas e aos projetos da gestão anterior, de acordo com o Contas Abertas.
Inicialmente estavam previstos R$ 2,8 milhões para a transferência de governo, no entanto, o governo conseguiu economizar. O prazo para encerrar os trabalhos foi de até 10 dias após o início de 2011. A partir dessa data, os nomeados passaram a ser exonerados, conforme a lei.