postado em 15/02/2011 16:45
O PSDB decidiu hoje (15) manter a posição de defesa do reajuste do salário mínimo para R$ 600. Apesar da chance de fechar um acordo com as centrais sindicais em torno do valor de R$ 560, os tucanos resolveram manter a proposta que apresentaram na campanha presidencial do ano passado.Segundo o líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias (PR), o partido considerou mais importante manter o compromisso firmado na campanha do que aproveitar a aproximação com as centrais para aumentar as chances de conseguir um mínimo maior que os R$ 545 propostos pelo governo. ;Nós defenderemos a nossa proposta até o fim e, se formos derrotados, o que é de se esperar em função da maioria governista, nós apoiaremos a maior proposta que houver;, afirmou Dias ao fim da reunião de bancada do partido.
[SAIBAMAIS]Ainda na opinião do líder tucano, a posição do PSDB fortalece o pleito das centrais sindicais, que aceitam negociar um valor inferior ao defendido pelos tucanos. ;A nossa proposta não elimina a deles. Ao contrário, até fortalece à medida que a proposta deles [sindicalistas] passa a ser mais moderada;, argumentou.
Mais cedo, o presidente da Força Sindical, deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), se reuniu com o senador Aécio Neves (PSDB-MG) na tentativa de convencer o PSDB a se unir aos sindicalistas em torno do valor de R$ 560. ;Já recuamos do valor de R$ 580 para buscar um entendimento, esperamos que o governo agora possa apoiar;, afirmou o deputado, conhecido como Paulinho da Força.
Após a reunião, Aécio Neves disse que a votação será o primeiro teste do governo de Dilma Rousseff no Congresso Nacional e concordou que é possível discutir um valor acima dos R$ 545. ;Derrotada essa proposta de R$ 600, acho que os partidos e as centrais não deveriam se dispersar;, adiantou o senador, antes de levar a proposta dos sindicalistas para a reunião de bancada do partido.