Brasília ; Todos os programas do Ministério do Desenvolvimento Social foram poupados do corte orçamentário anunciado pelo governo federal, de acordo com a ministra Tereza Campello. Ela lembrou que a maior parte dos recursos destinados à pasta são, inclusive, obrigatórios ou de repasse automático.
De acordo com a assessoria de imprensa do ministério, houve corte apenas nas chamadas áreas meio, como o pagamento de diárias, passagens aéreas, contratos de aluguel e publicações.
Após se reunir com secretários de assistência social, Tereza afirmou que há comprometimento por parte dos governos estaduais e municipais em relação ao fortalecimento de programas já implementados pela pasta.
[SAIBAMAIS];Desses programas depende o programa de erradicação da extrema pobreza, como [é o caso da] construção do cadastro único. Temos uma agenda de aperfeiçoamento do cadastro, para incluir as famílias que ainda estão fora;, explicou.
Segundo a ministra, a orientação da presidenta Dilma Rousseff é que o programa de erradicação da extrema pobreza ;não seja um plano somente com uma face, que não tenha metas claras;. Sem dar mais detalhes, Tereza disse apenas que a pasta está definindo objetivos e analisando condições de monitoramento para que a erradicação da pobreza de fato ocorra até 2014.
;Pretendemos contar com a parceria de outros atores, como empresários, universidades. O plano não teve nenhuma restrição orçamentária. A ideia é que ele conte com todas as condições para que a gente possa executá-lo com sucesso;, disse.
Sobre o reajuste do benefício pago pelo Programa Bolsa Família, a ministra apenas confirmou que um novo valor será calculado, mas não revelou a quantia certa nem a data para divulgação. ;Não vamos lançar um outro programa. Algumas ações estão sendo revistas, mas não no caso de transferência de renda. Estamos estudando como incorporar algumas parcelas da população que estão fora;, concluiu.