Politica

Centrais não gostam dos R$ 545, mas elogiam política que valoriza salário

Para o presidente da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), Antonio Neto, %u201Cnenhum brasileiro saiu vitorioso dessa batalha%u201D, mas que %u201Ca luta continua%u201D

postado em 17/02/2011 19:03

São Paulo - Apesar da aprovação pela Câmara do salário mínimo de R$ 545, quando as centrais sindicais queriam R$ 580, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) elogiou a aprovação da política de valorização do salário mínimo, que valerá até 2015. Ela prevê que o salário mínimo será reajustado anualmente com base no índice de inflação do ano anterior e no crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos anteriores.

O presidente da CUT, Artur Henrique, disse, por meio de sua página oficial na internet, que a política de valorização permanente do salário mínimo é ;uma inegável vitória da classe trabalhadora; e deve beneficiar cerca de 47 milhões de pessoas, direta ou indiretamente.

;Por todas as previsões, em 2012 o salário mínimo deve chegar a R$ 620 e, nos anos seguintes, continuará crescendo com significativos aumentos acima da inflação;, disse Artur Henrique.

[SAIBAMAIS]Na noite de ontem (16), a Câmara dos Deputados aprovou o reajuste do salário mínimo para R$ 545. O projeto ainda precisa ser apreciado e votado pelo Senado Federal.

O presidente da CUT disse que a luta das centrais agora é pela correção da tabela do Imposto de Renda (IR) e a política permanente de valorização das aposentadorias. A CUT quer que a tabela do Imposto de Renda seja corrigida em 6,47%, em 2011, e que seja pensada uma fórmula de longo prazo para garantir a valorização permanente do poder de compra dos aposentados que ganham acima de um salário mínimo.

Também por meio da internet, o presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Wagner Gomes, afirmou que a votação do salário mínimo mostrou que o governo está cumprindo à risca o ajuste fiscal exigido pelo mercado financeiro e culpou o tripé econômico - formado pelo câmbio flutuante, metas de inflação e superávit primário ; pela não aprovação de um reajuste maior do salário mínimo.

;Mais uma vez ficou comprovado que a política econômica do país é um grave obstáculo à valorização do trabalho. As centrais se mantiveram até o fim em sua posição por entender que é hora de o país iniciar um novo rumo, em direção a um projeto de desenvolvimento duradouro, que privilegie a produção, a geração de empregos e não a especulação;, disse.

Para o presidente da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), Antonio Neto, ;nenhum brasileiro saiu vitorioso dessa batalha;, mas que ;a luta continua;. ;As centrais sindicais irão mobilizar as suas forças para sensibilizar os senadores de que este é o melhor caminho para o país;, disse Antonio Neto.

A Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), também por meio da internet, afirmou que o ;trator do governo passou por cima dos trabalhadores;, mas que mantém sua posição em defesa do salário mínimo de R$ 580, a correção da tabela do Imposto de Renda e o reajuste dos aposentados.

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