Politica

Paim abre sessão e justifica sua adesão à proposta governista para o mínimo

postado em 23/02/2011 15:32

O senador gaúcho que defendia o mínimo de R$ 560, foi convencido pela presidente Dilma Rousseff a votar com o governoAo abrir a sessão no Plenário do Senado, nesta quarta-feira (23), para votar o projeto de lei que estabelece o novo salário mínimo, o senador Paulo Paim (PT-RS) justificou sua adesão à proposta governista de um salário mínimo de R$ 545. Ele admitiu, assim, ter desistido da luta que vinha mantendo juntamente com as centrais sindicais por um aumento maior de, pelo menos, R$ 560.

A justificativa foi que, em conversa mantida com a presidente Dilma Rousseff, recebeu dela a garantia de que irá manter a política salarial de valorização do mínimo conquistada, segundo Paim, por todos os partidos e centrais sindicais. O acerto ocorrido em 2007, entre governo, centrais e Congresso, foi de que o reajuste do salário mínimo seria feito de acordo com a inflação do período mais o percentual de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes.

Paim disse ainda que Dilma prometeu assumir compromisso com outras duas importantes bandeiras defendidas por ele: o fim do fator previdenciário, para o qual prevê uma política alternativa, e uma política de valorização das aposentadorias e pensões do Instituto Nacional da Previdência Social.

[SAIBAMAIS]"Essa política salarial é a melhor política que já se teve no país, e o mérito é de todos os partidos", assegurou. O parlamentar acrescentou que não percebeu entre senadores e deputados "nenhum ataque" à atual política salarial.

Ainda justificando a nova posição e afirmando que todos no Senado "conhecem por antecipação" o resultado da votação do PLC 1/11 no Plenário, na tarde de hoje, Paim recordou sua trajetória parlamentar como deputado e senador que, ao longo de 30 anos, tem lutado pela valorização do salário mínimo e das aposentadorias e pensões.

Mencionou que, no início do governo Lula, assumiu compromisso com a aprovação da chamada PEC Paralela, com mudanças na reforma da Previdência, quando poucos acreditavam na sua aprovação. Um ano depois ela foi aprovada no Senado e, encaminhada à Câmara dos Deputados, acabou sendo aprovada e tornando-se lei.

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