postado em 09/04/2011 10:19

A Polícia Legislativa chegou aos três após uma queixa registrada pelo gerente da agência da Caixa Econômica Federal que fica ao lado da Chapelaria. De acordo com o registro, um funcionário do banco identificou uma falha em um dos caixas. Após verificação do sistema, foi possível localizar os equipamentos utilizados para copiar os dados e senhas dos cartões bancários. Alertada, a polícia abriu inquérito para investigar o caso.
Com base nos registros de entrada e saída dos visitantes da Câmara e com o uso de imagens do circuito interno de segurança, os investigadores conseguiram monitorar a circulação dos bandidos e identificar o momento da instalação dos equipamentos. De acordo com a investigação, os suspeitos estudaram minuciosamente o ambiente por pelo menos cinco meses. Os registros de entrada e saída dos visitantes mostram que um dos investigados entrou 16 vezes na Casa entre setembro de 2010 e fevereiro deste ano, antes de aplicar o golpe.
Fornecedores
A Delegacia de Defraudações da Polícia Civil do Distrito Federal também foi alertada para apurar os possíveis fornecedores de equipamentos eletrônicos do bando. A investigação indica que o grupo pego no Congresso integra uma rede criminosa extensa.
Sidney e Ricardo já tinham ficha criminal registrada pela Polícia Civil. Até junho do ano passado, o endereço de Sidney era a Ala C do Complexo Penitenciário da Papuda. Ele cometeu o crime no Congresso graças ao benefício de liberdade provisória conquistada para aguardar fora da prisão o julgamento por furto flagrado pela 6; DP, no Paranoá. Agora, foi indiciado pelo crime de tentativa de estelionato em concurso de pessoas, previsto no Código Penal Brasileiro.
Os outros dois investigados foram indiciados e negam a participação. Em caso de condenação, os acusados podem pegar de um a cinco anos de prisão. Pela Constituição, cabe à Polícia Legislativa investigar qualquer crime ocorrido nas dependências do Congresso ou nas residências oficiais.
Outras denúncias
Uma outra investigação a partir de denúncias feitas por usuários de bancos está em andamento para verificar se o grupo conseguiu de alguma outra forma de obter vantagens na Casa. A Polícia Legislativa sabe que o bando também tentava roubar envelopes de depósitos feitos nos caixas eletrônicos. Os investigadores acreditam, contudo, que o grupo não tenha conseguido roubar informações bancárias porque foram pegos antes da retirada dos equipamentos.