postado em 19/04/2011 14:10
O ministro da Agricultura, Wagner Rossi, disse nesta terça-feira (19) que restam apenas três pontos sem consenso sobre as mudanças no Código Florestal Brasileiro, em discussão no Congresso Nacional. Ele garantiu que ;a agricultura vai ter o que busca, que é segurança jurídica para produzir mantendo a preservação dos recursos naturais;.Rossi disse que ontem (18) houve uma reunião entre ele, os ministros do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, do Desenvolvimento Agrário, Afonso Florence, de Relações Institucionais, Luiz Sérgio, e da Casa Civil, Antonio Palocci, o relator do projeto de mudança do código, deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), e o presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS,) para tratar do assunto. Segundo ele, o governo não apresentará uma nova proposta e apenas apresentou ;subsídios para avançar em alguns pontos do relatório do Aldo;.
O único ponto sobre o qual o ministro quis falar, no entanto, diz respeito à obrigatoriedade de reserva legal para micropropriedades. Segundo ele, há três propostas: o relator Aldo Rebelo é a favor da isenção da reserva para propriedades até um tamanho determinado; o Ministério do Meio Ambiente defende que ninguém fique isento; e o Ministério da Agricultura concorda com a terceira, por meio da qual a pequena propriedade deve recompor sua reserva legal, mas com condições favorecidas, recebendo por serviços florestais.
;O Ministério da Agricultura acha que deve haver um tratamento especial para a agricultura familiar. É preciso evitar que algumas regras inviabilizem a produção;, disse Rossi. O ministro elogiou o ;trabalho extraordinário; da ministra Izabella Teixeira e criticou os ;radicais de cada lado;, que ;querem que sua verdade prevaleça;.
Em relação às críticas de que teria cedido em todos os pontos de discordância com o Ministério do Meio Ambiente, que, segundo Rossi, foram veiculadas na internet, ele afirmou que a ;agricultura foi preservada, até pela importância do setor para o país;.
;Esperem o resultado e vejam se aceitei tudo;, disse o ministro. ;Teve avanços em posições que [com as quais] vocês vão se surpreender, mas não vou adiar o extremamente necessário;, acrescentou.