postado em 13/06/2011 07:20
Sem a tarefa prioritária de tocar a coordenação política do Palácio do Planalto nem ter a responsabilidade pela gestão do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, receberá da presidente Dilma Rousseff a responsabilidade de articular as diversas iniciativas que envolvem o Brasil sem Miséria, principal bandeira social do governo.O Brasil sem Miséria, que está na fase de parcerias com os estados, continua sob responsabilidade do Ministério do Desenvolvimento Social, chefiado por Tereza Campelo. A pasta continua protagonista do programa com a responsabilidade de medir a efetividade e a exata aplicação dos recursos, sobretudo buscar cadastrar famílias miseráveis que ainda não são beneficiadas pelo Bolsa Família.
A Casa Civil ficará com a tarefa de fazer as diversas ações do Brasil sem Miséria conversarem entre si. Entre os programas, estão o próprio Bolsa Família, o Saúde da Família, o Brasil Sorridente, o Mais Educação, o Rede Cegonha, o Brasil Alfabetizado e o Previdência Rural. Além disso, existem metas de acabar com residências sem acesso à luz. O governo tinha estabelecido a universalização da energia elétrica em dezembro de 2010, mas, sem sucesso, decidiu ampliar o prazo.
Com isso, Gleisi servirá de ponte entre os diversos ministérios que tocam as ações do Brasil sem Miséria, cobrando metas e resultados. A presidente Dilma fez esse trabalho com o PAC quando era ministra do governo Lula. Antonio Palocci deveria ter exercido essa tarefa, mas acabou sendo engolido pelas negociações políticas do Congresso. Coube a ele, por exemplo, fazer todas as conversas sobre o Código Florestal que acabou aprovado na Câmara com uma emenda que anistia desmatadores. Apesar de ser a nova gerente do governo, Gleisi colocou como meta aprovar o Código Florestal no Senado sem essa proposta. (TP)