postado em 13/06/2011 13:17
A divulgação total de documentos ultrassecretos do governo poderia ;abrir feridas;, disse nesta segunda-feira (13/6) o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). Ele defende o sigilo eterno para algumas informações confidenciais do país, por exemplo, as que se referem a questões diplomáticas.;A abertura total não. Documentos históricos, que fazem parte da nossa história diplomática, que tenham articulações, como a que Rio Branco teve que fazer muitas vezes, não podemos revelar esses documentos, senão vamos abrir feridas;, afirmou.
Ex-presidente da República, Sarney disse que os documentos sigilos que digam respeito ao ;passado recente; do país devem ser divulgados. ;De minha parte, acho que os nossos antepassados deixaram o país com fronteiras tranquilas, sem nenhum atrito com nenhum país. A nossa história foi construída não com batalhas, mas em negociação;, argumentou. ;Quanto ao passado recente, penso que deva ser liberado mesmo. Quanto a mim, os meus documentos já são públicos, estão na Fundação José Sarney mais de 400 mil documentos para todas as consultas;, acrescentou.
A Lei Geral de Acesso à Informação está em análise no Senado. O texto estabelece, por exemplo, prazo máximo de 50 anos para o sigilo de documentos públicos.