Politica

Índio da Costa se recusa a fazer teste do bafômetro em blitz no Rio

postado em 23/06/2011 22:35
O ex-deputado, que dirigia uma camionete Hilux, foi parado em blitz no Rio de janeiro e se recusou a fazer o teste do bafômetro. Ele foi multado em R$ 957,70.O ex-candidato a vice-presidente na chapa do tucano José Serra em 2010, Índio da Costa, teve sua carteira de habilitação apreendida na noite de quarta-feira, após ser parado por volta das 23h em uma blitz na Avenida General San Martin, esquina com a Bartolomeu Mitre, no Leblon, Zona Sul do Rio de Janeiro. O ex-deputado, que dirigia uma camionete Hilux, foi parado por fiscais do Departamento de Trânsito (Detran) fluminense, mas se recusou a fazer o teste do bafômetro e foi multado em R$ 957,70.

Índio só foi liberado após a apresentação de um outro motorista para conduzir o veículo. Em pelo menos três tuítes publicados ao longo da quinta-feira, Índio não se mostrou contrariado em perder a habilitação ; que ficará retida por um período de cinco dias, segundo ele. Pelo contrário: fez questão de elogiar o governo de Sérgio Cabral Filho (PMDB) pela condução da Operação lei seca em todo o estado.

Na mesma página da rede social, Índio afirmou que havia bebido uma taça de vinho no almoço de quarta-feira e, por não ter certeza quanto ao tempo de duração do efeito alcoólico no sangue, preferiu não assoprar o bafômetro. E confirmou que teve de chamar um amigo para conduzir o veículo até sua residência.

Índio da Costa foi uma das surpresas nas eleições presidenciais do ano passado. Poucos esperavam que ele fosse indicado pelo DEM como candidato à vice na chapa de José Serra. As negociações entre tucanos e demistas arrastaram-se por meses, irritando militantes e dirigentes partidários de ambos os lados. O PSDB chegou a cogitar a formação de chapas presidenciais ;puro-sangue;. Os senadores Aécio Neves (MG) e Álvaro Dias (PR) foram cotados como candidatos a vice.

Mas a aliança com o DEM foi refeita, embora sem repetir a fórmula de indicar um vice do Nordeste para aumentar a influência política em uma região de eleitorado predominantemente lulista. Serra optou por Índio por três razões: aumentar o capital político no Rio de Janeiro, terceiro maior colégio eleitoral do país; por ser um político jovem, que passaria a imagem de renovação; e pelo fato de Índio ter sido um dos relatores do projeto de Lei da Ficha Limpa.

PSD
Em abril deste ano, Índio seguiu o movimento liderado pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, pediu a desfiliação do DEM e migrou para o PSD. Saiu rompido com a cúpula demista fluminense, especialmente o ex-prefeito César Maia. Na época, Índio justificou o racha criticando a decisão de Maia de intervir no Diretório Municipal do partido.

Apesar de afirmar que sua decisão era livre de rancores, não se furtou a espicaçar sua antiga legenda. ;Vou para o PSD fazer política moderna, independente, sem rancores, por um Brasil melhor. Levo comigo os valores que sempre defendi;, tuitou o ex-demista.

Ao ingressar na nova legenda ; que ainda não foi criada formalmente na Justiça Eleitoral ;, Índio tornou-se presidente regional do PSD e é a principal aposta da sigla para as eleições de 2012, já que teve uma votação expressiva para deputado federal no pleito de 2006.

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