postado em 11/07/2011 15:53
O líder do DEM, Demóstenes Torres (GO), pretende pedir vista do processo de recondução do procurador na reunião desta segunda-feira na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), quando a leitura da mensagem presidencial deverá ser lida e Gurgel sabatinado. Nesta segunda, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, reconheceu que a possibilidade de o Senado aprovar sua recondução ao cargo só em agosto pode prejudicar os trabalhos da instituição.Demóstenes Torres baseia-se em acordo dos parlamentares da comissão de ler o processo de indicação e o presidente da CCJ conceder vista de uma semana para que os parlamentares possam analisar a documentação. O líder do DEM pretende, caso o presidente Eunício Oliveira (PMDB-CE) não conceda vista coletiva aos senadores, requerer individualmente a possibilidade de analisar o processo de Roberto Gurgel, o que levará para agosto a votação, uma vez que os parlamentares esperam concluir a votação do projeto de lei de Diretrizes Orçamentárias para 2012 ainda nesta semana e entrar de recesso.
Para Gurgel, cujo mandato expira no dia 22 de julho, a possível prorrogação do pedido de recondução comprometeria os trabalhos, uma vez que ;o regular andamento dos trabalhos no Ministério Público Federal acaba prejudicado;. Ele acrescentou que, por mais competente que seja o seu sucessor provisório, ;qualquer período de interinidade é um período em que a administração é precária;.
Roberto Gurgel passou a manhã conversando com os senadores, uma tradição no rito de análise da indicação do procurador-geral da República. Até as 12h30, ele já tinha se encontrado com Eunício Oliveira e com os líderes do governo, Romero Jucá (PMDB-RR), e do PSDB, Álvaro Dias (PR).
Em entrevista, o procurador afirmou que todas as denúncias de corrupção envolvendo o Ministério dos Transportes e órgãos vinculados como o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) serão apurados pelo Ministério Público. Ele acrescentou que, a julgar pelas notícias veiculadas na imprensa, ;os fatos são extremamente graves;.
No início da tarde, após conversar com vários senadores, o procurador disse que sua sabatina na CCJ, prevista para as 15h, será adiada. Gurgel disse que os senadores precisam de um tempo para analisar o processo e, por isso, voltou a defender que a votação na CCJ e no plenário do Senado ocorram ainda nesta semana, antes do recesso parlamentar.